Líderes da oposição, minoria e bloco parlamentar da democracia no Senado criticaram o possível retorno do imposto sindical e o definiram como “atraso”. A recriação da taxa é defendida pela base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reafirmou que defende uma nova forma de financiamento para sindicatos, mas, segundo o pasta, não há planos para recriar o imposto sindical.
O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), declarou em seu perfil no Twitter que Lula e Luiz Marinho “querem escravizar o trabalhador”.
Juntamente com Marinho, outros parlamentares se mostraram contra a tentativa do governo petista de voltar com o imposto sindical. Foram os casos, por exemplo, de Ciro Nogueira (PP-PI) e Efraim Filho (União-PB).
Leia também: “Entidades patronais rejeitam novo imposto sindical proposto pelo governo Lula”
Sobre o imposto sindical que Lula quer recriar
Em 2017, o imposto sindical havia sido extinto com a aprovação da reforma trabalhista, implementada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Antes de as novas regras da CLT entrarem em vigor, a receita chegou a R$ 3 bilhões para sindicatos, federações, confederações e centrais. No entanto, caiu para cerca de R$ 65 milhões em 2021.
No 1º semestre de 2022, o valor chegou a quase R$ 55 milhões. De acordo com o portal Poder360, não há como saber quanto essas entidades irão faturar, mas esse valor é o mais provável que pode ser recuperado depois das perdas impostas pela reforma de Michel Temer.
A contribuição vigorava desde 1940 e era descontada da remuneração do trabalhador uma vez por ano, no valor de um dia normal de trabalho. Hoje, a pessoa pode escolher não contribuir.
Leia também: “Mais impostos, menos democracia”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 172 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste