Depois de invasores terem feito um tuíte no perfil da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana) sobre a aprovação dos fundos de índice (ETFs) de bitcoin, o preço do ativo disparou na tarde desta terça-feira, 9.
A cotação do criptoativo bitcoin mais que dobrou desde janeiro de 2023, em parte pela expectativa de que a aprovação, nos Estados Unidos, dos primeiros fundos de índices (ETFs) da criptomoeda, impulsionaria mais ainda as compras de outras moedas digitais.
O mercado aguarda ansiosamente uma decisão da — o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos — sobre esses fundos, nesta quarta-feira, 10.
Uma porta-voz da SEC afirmou que na tarde desta terça-feira, 9, “agentes desconhecidos” acessaram a conta da agência reguladora no Twitter/X por um breve período, depois das 16h.
Os invasores publicaram que a agência havia permitido todas as aplicações — que estavam sob análise — de ETFs de bitcoin.
No entanto, dez minutos depois, o perfil oficial da SEC negou a informação e disse que o perfil havia sido “comprometido”.
A reguladora trabalhará com a aplicação da lei para investigar o episódio e buscar os “próximos passos relacionados ao acesso não autorizado e a qualquer conduta relacionada”, acrescentou ela.
Depois de a SEC ter corrigido a informação — de que ainda não havia permitido os fundos — os preços do bitcoin caíram para abaixo de US$ 47 mil.
Até esta manhã, o criptoativo recuou em cerca de 2%.
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Os investidores de criptoativos estão ansiosamente aguardando um sinal verde da SEC para que os ETFs de bitcoin sejam aprovados.
Grandes gestoras de ativos como a BlackRock (a maior do mundo) e a Fidelity Investments, aguardam ansiosamente, há quase uma década, a permissão da agência.
Analistas afirmam que a aprovação dos fundos do criptoativo é bem provável
Analistas do mercado dizem que a aprovação é bem provável, depois de uma série de atividades nas quais a equipe da SEC, emissores de ETFs e as bolsas de valores acertaram detalhes técnicos para as operações dos fundos nas últimas semanas.
O presidente da SEC, Gary Gensler, disse no Twitter/X que a mensagem postada pelo invasor não foi autorizada.
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Várias outras gestoras também estão nas etapas finais do processo de aprovação para conseguirem a permissão de negociar os fundos, e os executivos de ETFs esperam diversas aprovações de uma só vez, para que um fundo não obtenha vantagens no mercado por ser o primeiro a receber a aprovação.
Recentemente, os gestores de fundos reduziram suas taxas e lançaram campanhas publicitárias na expectativa de que os ETFs comecem a ser negociados.
Invasão e especulação: um prelúdio do mercado de criptoativos?
O tuíte falso foi um constrangimento para Gensler, ao destacar as travessuras que ainda ocorrem rotineiramente nos mercados de criptoativos, mesmo sendo cada vez mais adotados por Wall Street e integrados ao mundo da regulação financeira.
Preocupações sobre uma possível manipulação de mercado e outras formas de má conduta em criptoativos têm impedido a SEC de aprovar os fundos de bitcoin por muito tempo.
“Eu acho que isso é uma das tentativas mais flagrantes e provavelmente criminosas de manipulação de mercado que tem sido vista em muito, muito tempo”, disse Dennis Kelleher, presidente da Better Markets, um grupo que defende regulamentações financeiras mais rígidas.
“Há um potencial real para alguém ter feito uma quantidade muito, muito grande de lucros ilegais.”
Pessoas próximas à agência dizem que Gensler se retratou para permitir os produtos depois que a gestora de ativos Grayscale ganhou uma decisão judicial em um processo no ano passado, que exigiu que a SEC reconsiderasse sua justificativa para negar um ETF spot.
Em outubro, um post falso no Twitter/X em um site de notícias sobre a SEC aprovar a aplicação da gestora BlackRock para um ETF de bitcoin spot fez o ativo disparar 10%.
Depois de a gestora declarar que não houve decisão sobre sua aplicação, a cotação do ativo voltou ao seu patamar inicial. Passado o incidente, Gensler incentivou o público a verificar os registros no site oficial da SEC para obter as informações mais recentes.
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Fonte: revistaoeste
