Com o aumento do salário mínimo nacional para R$ 1.518 a partir deste mês, o projeta um aumento de R$ 43,9 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo e um acréscimo de R$ 81,5 bilhões na renda da população.
O reajuste nominal foi de 7,5% em relação ao valor anterior, de R$ 1.412, e entrou em vigor nesta quarta-feira, 1º.
A política de valorização do salário mínimo, retomada em 2024, prevê ajustes que consideram a inflação acumulada e um adicional relacionado ao crescimento econômico.
O Dieese destacou que, se o cálculo tivesse considerado o crescimento de 3,2% do PIB de 2023, o piso salarial teria sido de R$ 1.528,00, com impacto estimado em R$ 89,2 bilhões.
O reajuste afeta diretamente cerca de 60 milhões de pessoas, incluindo aposentados, trabalhadores formais, empregados domésticos e informais.
No âmbito da Previdência Social, 69,6% dos beneficiários recebem o piso, e o reajuste vai adicionar um custo de R$ 38,9 bilhões à folha de pagamentos.
Veja o impacto do reajuste do salário mínimo em diferentes grupos econômicos
- Aposentados e pensionistas do INSS: 28,1 milhões de beneficiários devem receber o piso, resultando em um incremento de R$ 38,78 bilhões na renda e R$ 20,9 bilhões na arrecadação;
- Trabalhadores com carteira assinada: 17,3 milhões de empregados terão um impacto de R$ 23,87 bilhões na renda e R$ 12,87 bilhões em tributos sobre o consumo;
- Trabalhadores domésticos: 4 milhões de pessoas serão impactadas, gerando R$ 5,57 bilhões em consumo e R$ 3 bilhões em impostos;
- Autônomos e informais: 10 milhões de trabalhadores terão ganhos de R$ 12,82 bilhões em consumo e R$ 6,91 bilhões na arrecadação;
- Empregadores: 332 pessoas com rendimentos vinculados ao mínimo devem movimentar R$ 442 milhões em consumo e R$ 227 milhões em tributos.
Em janeiro de 2025, o salário mínimo vai ser suficiente para adquirir quase duas cestas básicas, conforme estimativa do Dieese para o custo médio da cesta de alimentos em São Paulo, que deve ser em torno de R$ 850,00.
Fonte: revistaoeste