A atividade econômica da Argentina caiu 4,4% em junho, em comparação ao mesmo mês de 2022. É a terceira queda seguida, de acordo com os dados publicados na quarta-feira 23.
As informações sobre o nível da atividade econômica da Argentina são do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Trata-se de um órgão argentino que desempenha um trabalho similar ao do brasileiro IBGE.
De acordo com o Indec, caíram os números de cinco setores. Entre eles, se destaca a agropecuária — que registrou de 40% de retração. O país enfrenta uma seca severa que derrubou a safra local de grãos do ciclo em curso.
Em meio à crise, a colheita da soja argentina caiu pela metade, conforme os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na esteira desse processo, o país deixou de ser o maior exportador do farelo desse grão no planeta — posto agora retomado pelo Brasil.
Além disso, as informações do USDA registram perdas em outras lavouras. Na lista, as produções de milho e trigo devem fechar a safra atual 30% e 40% menores, respectivamente.
Crise econômica na Argentina
Em meio a redução do desempenho econômico, a Argentina enfrenta o aumento do dólar e a explosão da inflação. A variação do custo de vida em junho de 2023 no país fechou em alta de 115%, quando comparado ao mesmo mês de 2022.
De modo geral, o valor dos alimentos subiu 116% nesse intervalo. Ou seja: em média, a comida dobrou de preço nesse intervalo.
Alguns produtos básicos subiram ainda mais. Arroz, por exemplo, subiu cerca 160% em Buenos Aires, capital da Argentina. O preço foi da média de 140 pesos para 360 pesos o quilo.
Alberto Fernández, presidente da Argentina, é um dos aliados do presidente Lula. Os argentinos acabaram de ser aceitos para integrar o Brics, bloco de cooperação econômica formado por Brasil, Índia, China e África do Sul.
Fonte: revistaoeste