As reservas internacionais de dólares da Argentina caíram para seu nível mais baixo desde 2006, totalizando cerca de US$ 21 bilhões.
Os dados contabilizam um dos recentes pagamentos de cerca de US$ 830 milhões do país ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na última segunda-feira, 6.
Durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri, de 2015 a 2019, as reservas argentinas de dólares atingiram seu pico, passando US$ 70 bilhões.
Depois de Macri, a esquerda peronista voltou ao poder do país sul-americano. E as reservas argentinas de dólares têm caído continuamente.
Queda nas reservas de dólares é em razão de outros fatores, diz BC da Argentina
No relatório de outubro, divulgado pelo banco Central da Argentina nesta terça-feira, 7, a autoridade monetária informou que a queda das reservas havia sido influenciada pelos pagamentos ao FMI, além de outros fatores.
“Outros fatores que explicaram a queda foram a variação nas contas de efetivo mínimo e as vendas de divisas ao setor privado, tendência que se reverteu na última parte do mês”, afirmou o BC argentino.
O efetivo mínimo se assemelha ao compulsório, que é uma quantia de depósitos em moeda local ou estrangeira que as instituições financeiras precisam manter disponíveis.
No fim de outubro, o atual ministro da Economia da Argentina e candidato à presidência, Sergio Massa, estendeu por mais 30 dias uma antiga medida de estímulo aos exportadores.
O Programa de Incremento Exportador, nome da medida, viabilizava aos exportadores de soja argentinos que operassem usando uma cotação acima do câmbio oficial (cerca de 350 pesos por dólar).
A medida beneficia todos os exportadores, pois conseguem mais pesos por dólar, o que resulta em maior receita. O benefício, antes exclusivo a exportadores, foi alongado para todos os setores que exportam bens.
Segundo o atual governo, o programa tinha como objetivo de reforçar as reservas argentinas. O projeto foi anunciado no meio da disputa de campanha eleitoral.
Massa vai enfrentar , um deputado liberal, no segundo turno da disputa presidencial da Argentina. A eleição será em 19 de novembro.
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Fonte: revistaoeste
