A pode consumir mais da metade do valor dos produtos no Brasil. Levantamento divulgado nesta terça-feira, 21, pela , mostra principalmente que os impostos chegam a 52% do preço final de alguns itens.
A caneta esferográfica ocupa o primeiro lugar no ranking dos produtos com maior carga tributária: 51,7% de impostos embutidos no preço. Na sequência aparecem calculadora (43,43%), régua (43,91%), tesoura (41,47%) e caderno (34,58%).
Entre todos os materiais que a entidade analisou, os livros escolares apresentaram a menor carga tributária, com 15,5%. Conforme especialistas, esses números expressam primeiramente uma para o poder aquisitivo dos brasileiros, principalmente em um período que antecede a volta às aulas.
“A alta tributação encarece não apenas os produtos, mas toda a cadeia educacional”, afirma o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV/ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa. O estudo, que se apoiou em dados do Impostômetro, indica um leve recuo nas taxações em comparação com 2024. A redução, no entanto, seria consequência de algumas desonerações pontuais.
Com a proximidade do início do ano letivo, Gamboa, em entrevista ao site Poder 360, sugere que as famílias antecipem as compras e pesquisem preços em diferentes estabelecimentos para reduzir o impacto do material escolar no orçamento. “A pesquisa em detalhes pode resultar em economia significativa, especialmente para quem tem mais de um filho em idade escolar”, afirma Gamboa.
O Impostômetro, ferramenta que monitora a arrecadação de impostos no país desde 2005, demonstra que a alta carga tributária sobre materiais escolares é um problema recorrente no Brasil. Em uma década, os percentuais de tributação desses itens não apresentaram redução significativa, segundo o banco de dados da ACSP.
Fonte: revistaoeste