O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu a autonomia da instituição nesta terça-feira, 7. De acordo com ele, a independência traz como resultado um melhor custo-benefício da política de juros ao país. As declarações foram proferidas em um evento em Miami, nos Estados Unidos.
“Quanto mais independente você é, mais efetivo você é e menos o país vai pagar em termos de custo-benefício da política monetária”, afirmou Campos Neto.
O presidente da autarquia elogiou a separação entre política monetária e “ciclo política”. A medida é fruto da autonomia formal que foi aprovada em lei em 2021 e questionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É muito importante por muitas razões diferentes”, disse Campos Neto, referindo-se à independência da instituição financeira. “A principal razão, no caso da autonomia do Banco do Brasil, é desconectar o ciclo de política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes lentes e diferentes interesses.”
Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao posto, tem sido alvo de diversos críticas de Lula. Na semana anterior, o presidente se referiu a ele como ““.
Mesmo tendo mantido a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, o chefe do Executivo tem reclamado dos “juros elevados” estabelecidos pelo Banco Central.
Fonte: revistaoeste