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Economia

PT responsabiliza Campos Neto por aumento dos juros, omitindo Galípolo da discussão

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Políticos alinhados com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram nesta quarta-feira, 11, a decisão do de aumentar a taxa de juros em 1 ponto porcentual. A .

As críticas dos governistas, incluindo a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, foram direcionadas a Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central.

No entanto, Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e futuro chefe da instituição, indicado por Lula, não foi mencionado. Ele também votou a favor da decisão.

“É irresponsável, insana e desastrosa para o país a decisão do BC de elevar da taxa básica de juros para 12,25%”, escreveu Gleisi no Twitter/X. “Não faz sentido nem seria eficaz para evitar alta da inflação, que não é de demanda. Nem para melhorar a situação fiscal, muito pelo contrário.”

“Esse 1 ponto a mais vai custar cerca de R$ 50 bilhões na dívida pública”, acrescentou. “E não faz sentido para um país que precisa crescer e continuar gerando empregos. O BC está ignorando o esforço e sacrifício do governo em tomar medidas fiscais, que já estão no Congresso, para limitar o crescimento da despesa.”

“Mas é o fecho da trajetória nefasta do bolsonarista Campos Neto no BC, responsável pela criminosa sabotagem à economia do país nos dois primeiros anos do governo Lula”, prosseguiu a presidente do PT. “Sufocou a economia e o crédito e não cuidou da especulação com o câmbio, que era sua obrigação combater. Já vai tarde, Campos Neto. Espero que seu terrorismo fiscal também seja suplantado daqui pra frente.”

Já o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, classificou a decisão do Copom como um “crime”.

“CRIME”, escreveu no Twitter/X. “Nos últimos 20 anos foram 51 reuniões. Em apenas quatro delas, TODAS DURANTE A PANDEMIA, o BC elevou o juros em 1%. O que há de desequilíbrio estrutural que justifique um freio recessivo como esse contra o Brasil? É ideologia e sabotagem pura contra o país.”

Rogério Correia (PT-MG), deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, chamou Campos Neto de “sabotador”.

“Só nessa canetada, o sabotador Campos Neto inclui mais R$ 50 bilhões por ano em juros da dívida pública”, afirmou. “Enquanto o governo se esforça para atingir as metas fiscais, o BC eleva mais uma vez a maior taxa de juros do planeta para tentar ‘conter’ a inflação. Com que credibilidade? A mesma de quem vê passivo o aumento do câmbio?”

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) disse que o Brasil está “refém” da Faria Lima.

“O aumento de 1 ponto na taxa de juros, definido pelo Banco Central, sabota o crescimento econômico do país, inviabiliza o crédito e o financiamento”, afirmou. “Com a taxa de juros mais alta do mundo não há como garantir o ciclo virtuoso de crescimento da economia, do emprego e da renda. O Brasil não pode continuar refém da Faria Lima.”

Campos Neto participou pela última vez de reunião sobre juros

A reunião do Copom desta quarta-feira, 11, marcou a última participação de Campos Neto nas deliberações sobre a política monetária brasileira, já que seu mandato termina no dia 31 de dezembro.

A decisão do comitê já era esperada por analistas do mercado financeiro, que ajustaram suas projeções para a Selic do ano de 11,75% para 12%, conforme o Boletim Focus desta segunda-feira, 9.

A Selic influencia diretamente as taxas de juros de empréstimos e financiamentos, além de afetar o rendimento de investimentos financeiros.

Fonte: revistaoeste

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