A ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitiu nesta quinta-feira, 29, que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Luiz Inácio Lula da Silva será “envelopado”, ressaltando que não haverá nada de novo.
Segundo a ministra, o pacote incluirá ações que já foram anunciadas. “Muita coisa já está aí e só vamos envelopar, fazer a junção de tudo”, contou Tebet, durante o Gzero Summit Latam 2023, organizado pela consultoria Eurasia Group em São Paulo.
Conforme a ministra do Planejamento, o anúncio desse pacote “envelopado” de Lula deverá ocorrer até o final de julho ou início de agosto, “a depender da agenda do presidente”.
Tebet ainda disse que o “novo PAC, que não vai ser um PAC”, será uma política de investimentos, não só de recursos públicos, mas também de parceria com a iniciativa privada. Ela admitiu também que os investimentos serão feitos “dentro das possibilidades das finanças públicas”, pois há um limite de gastos até o fim deste ano.
-
BC alerta sobre ‘desaceleração’ do PIB brasileiro -
Carro ‘popular’: Haddad vai gastar mais R$ 300 milhões
A reciclagem de projetos ultrapassados
Em março deste ano, quando o governo dava os primeiros sinais de que havia pifado na largada, o presidente Lula participou de uma grande recepção para os prefeitos em Brasília. Àquela altura, o petista já precisava justificar a escolha de ministros sem nenhuma aptidão para o ofício e a reciclagem de projetos ultrapassados. Lula afirmou sem rodeios: “Prefiro um político competente do que um técnico. Porque o político entende um pouco de tudo, e muitas vezes o técnico não entende de nada”.
Foi um raro momento em seus discursos — sempre para plateias domesticadas — em que os aplausos não surgiram espontaneamente, e o semblante dos aliados sentados ao lado, como o de Rui Costa, chefe da Casa Civil, e Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju e líder da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), dispensa legenda. Leia a reportagem completa: “Um presidente sem governo”, publicada na edição 170 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste