O presidente do , Roberto Campos neto, se articula no Congresso para ampliar a autonomia da instituição. O órgão ganhou independência operacional há cerca de três anos, no governo . Agora, o chefe da autoridade monetária negocia com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que trará mais liberdade fiscal e orçamentária ao banco de reservas.
Se a PEC ganhar votos suficientes dos deputados e senadores, o BC passará a atuar como uma instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira. Ela será organizada sob a forma de empresa pública e com poder de polícia.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Campos Neto afirmou que essa “autonomia financeira é um passo no sentido de aprimorar o arcabouço de autonomia do BC”.
Segundo o presidente, mais de 90% dos bancos centrais do mundo que têm autonomia operacional também contam com autonomia financeira.
Manobra para lidar com Haddad
Assim que começou a coordenar a pauta do BC com o Congresso, o chefe da instituição viu reações divergentes de integrantes do governo . Segundo informou à Folha, “ao ponto de o diálogo com Haddad parar”.
No reencontro entre os dois líderes, na sexta-feira 1º, Campos Neto garantiu ao ministro que nada vai ser feito “à revelia”. “Eu tentei dar conforto para ele”, declarou.
O presidente do banco também esclareceu que, assim como o Senado, está “muito aberto” para discutir com o governo. “A PEC é um início de debate, um esqueleto que pode ser aprimorado”.
Fonte: revistaoeste