O Pix vai ganhar mais uma função com o lançamento do Pix Automático, previsto pelo Banco Central (BC) para 28 de outubro de 2024. A nova ferramenta deve substituir o débito automático, realizado por meio de cartões de crédito e boletos.
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De acordo com o BC, a nova função servirá para efetuar pagamentos recorrentes por meio do Pix, como mensalidade escolar ou conta de luz. O usuário poderá realizar uma autorização prévia que automatiza as demais operações.
A nova ferramenta é semelhante ao débito automático, que ocorre com boletos ou em faturas de cartão de crédito. Porém, com a nova possibilidade, o pagamento será instantâneo. Além disso, o consumidor não precisará de um limite estabelecido pelo banco, como ocorre com os cartões.
Menos burocracia
Para o BC, embora esse tipo de pagamento possa ser feito pelo débito automático, o Pix Automático terá a capacidade de alcançar mais consumidores. Um dos motivos é a desburocratização, já que, atualmente, para uma empresa oferecer a modalidade precisa de ter um convênio com cada instituição financeira.
No caso do Pix Automático, a empresa não precisará de contrato com cada banco, Bastará fazer o acordo com apenas uma instituição financeira que ofereça a modalidade.
A nova função também se diferencia do Pix Agendado recorrente, pois poderá ser enviado apenas para pessoas jurídicas. A ideia é que seja utilizado para pagamento de prestação de serviços.
Inicialmente, o Pix Automático será desenvolvido de janeiro a agosto de 2024. A expectativa é que o BC realize testes no decorrer de setembro para, assim, a ferramenta ser lançada em outubro.
BC definiu 6 regras gerais de funcionamento do Pix Automático:
- a especificação de jornadas para autorização prévia;
- normas para o cancelamento da autorização;
- regras para a rejeição e para a liquidação da transação;
- funcionalidades a ser disponibilizadas ao usuário pagador e ao usuário recebedor;
- regras de devolução e responsabilização em caso de erro; e
- limite diário para as transações relacionadas ao produto, entre outras.
O Banco Central também projeta a criação de outras funções para o Pix nos próximos anos. A expectativa principal é que a ferramenta funcione sem que o usuário precise estar conectado à internet.
“Desde seu lançamento, o Pix possui uma agenda evolutiva definida”, disse Sérgio Nery, do departamento de comunicação do BC, ao portal R7. “A priorização dessa agenda passa pela avaliação dos potenciais benefícios e impactos, o esforço necessário e as condições de alocação de recursos”
Também são esperados a criação do Pix por aproximação e depósitos internacionais.
Fonte: revistaoeste