O Banco Central (BC) aprovou uma nova regulamentação que altera o arranjo de pagamento dos boletos bancários e permite, entre outras mudanças, que estes documentos possam ser pagos por meio do sistema de pagamentos instantâneos Pix.
A medida, que entra em vigor nesta segunda-feira, 3, busca modernizar e tornar mais eficiente o sistema de boletos de pagamento, além de ampliar a segurança das transações financeiras. O novo normativo estabelece diretrizes sobre a emissão, a liquidação e o uso dos boletos.
Segundo o diretor de Regulação do BC, Otávio Ribeiro Damaso, um dos principais avanços da nova regulamentação é a possibilidade de apresentação dos boletos “de forma a possibilitar o seu pagamento por intermédio de outro arranjo de pagamento autorizado ou operado pelo “.
Para Ricardo Vieira Barroso, chefe de divisão no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, a nova modalidade de boleto pretende “modernizar esse instrumento de pagamento, trazendo mais conveniência e segurança tanto para o pagador quanto para o recebedor dos recursos”.
Como pagar boletos pelo Pix
Historicamente, os boletos bancários representavam um dos meios de pagamento mais tradicionais do Brasil, amplamente utilizados por empresas, instituições e consumidores para quitação de contas e transações comerciais. No entanto, sua liquidação sempre esteve atrelada ao sistema bancário tradicional, com prazos e processos específicos.
Com a nova regulamentação, é possível pagar boletos através do Pix, por meio de um incorporado ao próprio documento. Isso significa que o usuário poderá, diretamente de seu aplicativo bancário, escanear o código e efetuar o pagamento instantaneamente, o que elimina o prazo de compensação, que pode levar até três dias úteis.
Outra inovação que entra em vigor nesta segunda-feira, 3, é a criação do chamado boleto dinâmico. Esse tipo de cobrança poderá ser vinculado a ativos financeiros registrados em sistemas autorizados pelo BC, o que permite que a titularidade do pagamento seja ajustada automaticamente em caso de negociação desses ativos.
Segundo o BC, esta modalidade tem como objetivo melhorar a segurança e transparência em transações financeiras de maior complexidade, como as que envolvem recebíveis imobiliários e duplicatas escriturais.
Fonte: revistaoeste