A modalidade de pagamento instantâneo Pix tem ganhado cada vez mais espaço como opção de pagamento de contas, produtos e serviços entre os brasileiros.
Segundo dados do Banco Central (BC), transações de pessoas físicas para pessoas jurídicas em setembro somaram 34% do total de operações do Pix. Em dezembro de 2020, as transferências somavam 6%.
O chefe do departamento de Competição e de Estrutura de Mercado, Angelo Duarte, disse em entrevista ao Valor que o BC observa três ondas de adoção da modalidade.
Leia também: “Pix vai continuar 100% gratuito para pessoa física, diz diretor do BC”
A primeira onda aconteceu nos primeiros meses de 2020. No período do lançamento, as pessoas realizavam transferências gratuitas e instantâneas para amigos e familiares.
Entre 2021 e 2022, a segunda onda foi caracterizada por pequenos comércios e serviços que começaram a aceitar pagamentos via Pix. Um prenúncio da onda que viria.
Recentemente, a movimentação das grandes empresas do varejo e de concessionárias de serviço público marcou a chegada da terceira onda. Duarte avaliou que estas companhias demoraram mais tempo devido à adaptação dos seus sistemas.
Novas modalidades do Pix também impulsionaram o crescimento das transações
O Pix Saque e o Pix Troco estão entre as novas funcionalidades agregadas que influenciaram a expansão dos pagamentos entre pessoas físicas e jurídicas.
De acordo com a economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Izis Ferreira, “novas opções do Pix têm levado muitas pessoas para dentro da loja, o que acaba incentivando a pessoa a frequentar mais a loja, com conversão em venda”.
Um fator que incentiva os lojistas a aderirem à modalidade é a não cobrança de taxas em comparação com as cobranças das maquininhas de cartão. Quando as taxas existem, ainda são muito inferiores em comparação às operações de crédito e débito.
Leia também: “Proteja-se do vírus ‘ladrão de Pix’”
Atualmente, muitos MEIs e/ou comércios e serviços informais não possuem conta jurídica em bancos. Por isso, os 34% de pagamentos de pessoas para empresas podem ser um número ainda menor do que a realidade, uma vez que o BC registra dessa forma apenas transações de CPFs para CNPJs.
Fonte: revistaoeste