Nesta segunda-feira, 22, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva lançou o plano Nova Indústria Brasil, pacote que prevê R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor, até 2026.
Com o mesmo molde de políticas de governos petistas anteriores, o plano também requer incentivo ao conteúdo local, a exigência de compra de fornecedores brasileiros. A iniciativa é liderada pelo (BNDES), que mobiliza R$ 250 bilhões previstos em créditos ao setor produtivo.
Do total, R$ 77,5 bilhões foram aprovados no ano passado: R$ 67 bilhões do BNDES e R$ 10,5 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que administra o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Economistas apontam que programa de Lula para a indústria é a volta das campeãs nacionais com uma nova roupagem
O Programa Mais Inovação já está disponível. Ele concede crédito cobrando a variação da Taxa Referencial mais um adicional de 2%. O governo diz que são os “menores já aplicados para financiamento à inovação no país”. Outros R$ 20 bilhões do montante serão concedidos exclusivamente pelo Finep, por recursos não-reembolsáveis.
Lula disse que os R$ 300 bilhões são um “alento” para a indústria “dar um salto de qualidade”. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente , como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar de uma vez por todas esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido”, disse o petista.
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Mas economistas apontam que o novo plano de Lula é na verdade um “vale a pena ver de novo”. O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, disse que a política é uma “velha roupagem de coisas que a gente já conhece: uma velha política industrial baseada em usar recursos” públicos ao jornal.
Vale menciona a política de estímulo à industrialização do segundo mandato de Lula, que elegeu empresas de setores específicos na chamada “política de campeãs nacionais”.
Fonte: revistaoeste