O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a recompra, pela Petrobras, de refinarias de petróleo que foram privatizadas anteriormente. A declaração foi dada na quarta-feira 27 à agência Reuters.
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Ele defende a reestatização como forma de o país alcançar a autossuficiência em derivados de petróleo e não depender mais de importações.
“Estamos trabalhando em várias frentes para isso [autossuficiência]. Uma é reforçar o interesse nosso de política pública de que a Petrobras seja rápida na modernização de seus parques de refino e de que avalie a possibilidade, inclusive, já é pública minha opinião, de que a Petrobras deve renegociar, com as refinarias que foram privatizadas, para que dentro das regras de mercado, ela possa readquirir essas refinarias”, afirmou Silveira.
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A declaração de Silveira foi concedida depois de o ministro participar de cerimônia de assinatura dos contratos de concessão decorrentes do primeiro leilão de linhas de transmissão de 2023. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, participaram da solenidade.
Dados do mercado de combustíveis mostram que hoje o Brasil importa 25% do óleo diesel e 15% da gasolina consumidos no país.
Petrobras vendeu quatro refinarias
A recompra de refinarias é uma bandeira do PT e vinha sendo defendida por Lula desde a campanha eleitoral e a transição de governo. Conforme a declaração feita na quarta-feira 27, o ministro Alexandre Silveira já tinha defendido a recompra de refinarias. No começo do mês, falou sobre a intenção de reaquisição da RLAM. Na ocasião, ele disse que a unidade comprada pela Acelen, controlada pelo Mubadala Capital, nunca deveria ter sido vendida.
“A Petrobras deve avaliar recomprar a RLAM. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido”, disse em nota divulgada no início de setembro.
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A venda das refinarias atende ao compromisso firmado pela Petrobras com o Cade em 2019, para abertura do mercado de refino. Foram vendidas quatro unidades: RLAM (Mataripe), na Bahia, para o fundo Mubadala; a Reman, em Manaus (AM), para o grupo Atem; a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, para a F&M Resources; e a Lubnor, para a Grepar.
Fonte: revistaoeste