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Economia

Ministério Público solicita nova investigação em disputas da J&F e da Petrobrás: entenda o caso e as repercussões.

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) determinou, nesta terça-feira, 23, a realização de novas medidas de investigação e um novo interrogatório do advogado Anderson Schreiber. Ele atuou como árbitro em duas disputas bilionárias entre empresas, de acordo com o Metrópoles.

Uma das disputas envolve a Petrobrás e seus acionistas minoritários. A outra é relativa à divergência entre o J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, e a Paper Excellence, do indonésio Jackson Widjaja, pelo controle da Eldorado Brasil Celulose. O imbróglio já dura quase sete anos.

E teve mais um capítulo nesta terça-feira, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu suspender o julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) sobre a briga bilionária. O contrato assinado em 2017 previa que, em um ano, a Paper iria pagar R$ 15 bilhões pelo total de ações do grupo J&F na Eldorado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) havia marcado a continuação do julgamento da disputa, na segunda instância. Nesta quarta-feira, o voto do desembargador João Batista de Mello Paula Lima poderia definir o conflito em favor da Paper.

Os desembargadores José Benedito Franco de Godói, relator do caso, e Alexandre Lazzarini, já haviam votado contra o recurso da J&F que tenta anular a arbitral, da Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês). A sentença autorizou a transferência da Eldorado para a multinacional Paper Excellence.

Arbitragem contestada

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Paper Excellence Tinha Dois Votos Favoráveis No Julgamento Do Tjsp | Foto: Reprodução/Youtube/Paper

A J&F, em sua ação, contestava a arbitragem, da qual Schreiber fez parte. Os dois primeiros desembargadores que votaram não concordaram com os argumentos do grupo dos irmãos Batista e definiram uma multa de R$ 30 milhões à J&F por litigância de má-fé.

Leia também: “Os irmãos Batista atacam de novo”, reportagem de Eugenio Goussinsky publicada na edição 187 da Revista

O informou que, nos casos da Petrobras e da Paper Excellence, Schreiber é suspeito de ter violado o dever de revelação, segundo o qual, como árbitro, deveria apontar se possui ligações com partes interessadas nos processos antes de conduzi-los. As novas apurações do MPRJ foram pedidas pelo promotor Alexandre Themístocles.

Themístocles quer uma “nova oitiva de Schreiber” e também pediu uma “minuciosa averiguação da vida pregressa” do advogado. O promotor afirma que a autoridade policial deve avaliar a conduta do investigado na “totalidade”,

Isso, segundo ele, inclui “levar em consideração todas as ocorrências registradas contra ele (ROWeb, Folha de Antecedentes Criminais, OAB, , Portal da Segurança, INFOSEG, etc…), nos últimos 20 anos”.

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foi para que a polícia colha os depoimentos de um ex-sócio de Schreiber e da entidade que acionou a Petrobras na Justiça. Ela pedia o ressarcimento de danos causados aos minoritários em função dos prejuízos que a petrolífera registrou por causa da Lava Jato.

A Petrobras, conta o portal, decidiu impugnar o árbitro durante . A alegação foi de que ele não divulgou informações que, segundo a empresa, comprometeriam sua imparcialidade e independência para julgar o litígio. Schreiber, afirma a Petrobrás, trabalhou para a associação dos investidores minoritários, que movia ações contra a companhia.

De acordo com o Metrópoles, Schreiber renunciou ao posto de árbitro do processo envolvendo a Petrobras, assim como, segundo o portal, havia feito na arbitragem do caso da Eldorado.

Fonte: revistaoeste

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