O lucro líquido da Petrobras foi de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. O foi divulgado na noite da última segunda-feira, 13.
Na comparação com o quarto trimestre, o recuo foi de 23,7%.
Segundo a companhia, a queda no lucro se deu pela piora do resultado financeiro, impactado pela desvalorização cambial e pelo volume menor de vendas de óleo e derivados.
“A desvalorização cambial do real em relação ao dólar, entre outros fatores, como menores volumes de venda de óleo e derivados, preço do petróleo e margem do diesel, trouxe impacto”, afirmou o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite.
Segundo o executivo, quando ocorre desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio. “Contudo, isso não afeta o caixa da companhia”, acrescentou.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60 bilhões entre janeiro e março, queda de 17,2% na comparação anual.
Desconsiderando os itens não recorrentes, o lucro líquido seria semelhante, de R$ 23,9 bilhões, abaixo do esperado por analistas, que previam R$ 30,2 bilhões, em média, segundo pesquisa da LSEG.
Já a receita de vendas da estatal foi de R$ 117,7 bilhões no trimestre, queda de 15,4% em relação ao mesmo período de 2023.
A Petrobras divulgou no mês passado que a produção de petróleo no país avançou 4,4% entre janeiro e março na comparação anual, devido ao avanço operacional de quatro plataformas, que começaram a funcionar ao longo de 2023.
A companhia produziu, em média, 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no primeiro trimestre, ante 2,1 milhões de bpd em igual período do ano anterior.
A estatal terminou o primeiro trimestre do ano com uma dívida bruta de cerca de US$ 61,8 bilhões (R$ 318,7 bilhões, na cotação atual), recuo de 1,2% em comparação com o fechamento de 2023. O valor está dentro do intervalo de referência, de US$ 50 bilhões a US$ 65 bilhões.
Petrobras anuncia pagamento de dividendos
A Petrobras também informou que o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos e Juros sobre capital próprio (JCP). O montante equivale a R$ 1,04 por ação ordinária e preferencial.
Os proventos serão pagos em duas parcelas, sendo a primeira no valor de R$ 0,52 por ação ordinária e preferencial, sob a forma de JCP, no dia 20 de agosto de 2024.
Já a segunda parcela, no valor de R$ 0,52 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de setembro de 2024. Desse valor, R$ 0,44 serão distribuídos em forma de dividendos e R$ 0,073 em JCP.
Segundo a estatal, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024.
Fonte: revistaoeste