O Indicador Antecedente de Empregos (IAEmp) fechou agosto em 76,9 pontos. Um ano antes, a pontuação era 82,3. Ou seja: queda de 5,4 pontos. Elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice avalia o potencial de contratação do mercado de trabalho brasileiro.
Além disso, o indicador de empregos da FGV fechou junho com a pontuação em 78. Assim, houve uma queda de 1,1 ponto de um mês para outro. A derrocada do indicador começou depois do resultado das eleições de 2022.
Derrocada do indicador de empregos
Em setembro de 2022, mês que antecedeu a votação, a marca era de 83,8 pontos — a melhor daquele ano. Em outubro, quando houve o resultado que elegeu Lula para o terceiro mandato na Presidência da República, a pontuação já fechou menor: 79,8.
A pior marca desde que Lula venceu a disputa ocorreu em novembro: 73,1 pontos. Por esse histórico, a marca atual é considerada favorável para a criação de empregos, ao menos até o fim do ano. E, mesmo assim, as condições para esse cenário favorável são fruto do trabalho realizado pelo governo federal entre 2019 e 2022, conforme explica Hugo Garbe, economista-chefe da G11 Finance e professor do curso de economia e finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
“Esse cenário favorável foi construído nos últimos quatro ou cinco anos”, houve uma agenda positiva do governo federal nesse período. Primeiro, as leis criadas que aumentaram a liberdade econômica, favorecendo a geração de emprego e renda para o Brasil. Mesmo com a pandemia, a política econômica liderada por Paulo Guedes gerou condições para investimentos estrangeiros. A geração de emprego e renda ainda é um reflexo de todo esse trabalho, os resultados das ações econômicas sempre ocorrem depois de um certo período — não é imediato.”
Números de incerteza no governo Lula
Vale destacar, por fim, que os números de agosto de 2023 são comparáveis a períodos marcados por incertezas econômicas.
Em março e abril de 2021, por exemplo, o indicador de empregos da FGV fechou em cerca de 78 pontos. Esses mesmos meses tiveram o maior registro de mortes relacionadas à pandemia por covid-19, conforme os dados do Ministério da Saúde.
Depois disso, em janeiro de 2022, quando a invasão russa na Ucrânia era iminente, o índice ficou em 76,5 pontos. Em fevereiro, quando o ataque se concretizou, a pontuação caiu para 75,1 — praticamente o mesmo do mês seguinte.
Fonte: revistaoeste