O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a disparada do dólar a “ruídos” na comunicação do governo. Na segunda-feira 2, e encerrou a sessão em alta de 1,13%. Foi a maior cotação desde janeiro de 2022.
Questionado sobre a alta do dólar, Haddad disse que “apesar da desvalorização [de outras moedas em relação ao dólar] que tem acontecido no mundo todo de uma maneira geral, aqui foi maior do que nossos pares, Colômbia, Chile, México”.
Para o ministro, a disparada do dólar se deve a “muitos ruídos” e a mudanças na forma de comunicação. “Apesar de a desvalorização ter acontecido no mundo todo, de uma maneira geral, aqui aconteceu uma coisa que foi maior do que nos nossos pares. Atribuí isso a muitos ruídos. Eu já falei isso no Conselhão, precisamos comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo.”
Questionado sobre a necessidade de intervenção no câmbio, Haddad frisou que essa é uma atribuição da autoridade monetária, e não da Fazenda. “Eles lá é que sabem quando e como fazer, é um assunto que cabe a eles decidir. Sempre é possível [intervir no câmbio], porque está na governança do Banco Central agir quando necessário. Se vai ser necessário ou não, compete à diretoria do BC julgar”, declarou.
Haddad afirmou que a mudança de comunicação inclui a avaliação do governo em relação ao recém-encerrado primeiro semestre. Ele destacou que a arrecadação de junho ficou acima do esperado pela Receita Federal, por exemplo, e que está otimista em relação aos demais resultados, apesar de reveses sofridos pelo governo, como a manutenção da desoneração da folha de pagamento ou os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul sobre a economia e as contas da União.
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Haddad deve se encontrar com Lula para discutir dólar e outras questões econômicas
Em resposta à situação, uma reunião foi marcada entre Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de questões econômicas.
O governo também está estudando um contingenciamento para cumprir o arcabouço fiscal, embora ainda não tenham sido divulgadas especificidades sobre essa medida.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste