A Azul e a Gol informaram, por meio de fato relevante, que a Abra e a Azul assinaram, na última quarta-feira, 15, um memorando de entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil. Se a parceria vier a se confirmar, as duas companhias teriam cerca de 60% do mercado da aviação no país.
A Abra Group Limited é a maior credora e principal investidora da Gol e da Avianca Group International Limited, uma das principais companhias aéreas da Colômbia, do Equador e da América Central.
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Segundo a Gol, o acordo representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação.
A companhia diz que isso não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios nem nas operações rotineiras da Gol e que continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada.
“A Gol destaca que o MoU anunciado na presente data representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação. O acordo não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da GOL. A Companhia continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11 em andamento, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada”, diz o
Conforme o comunicado, a transação estaria sujeita à consumação do plano de reorganização da Gol, além de outras condições e aprovações. Caso a transação seja consumada, é esperado que as duas companhias mantenham suas marcas e seus certificados operacionais de forma independente.
“A Abra e a Azul também concordaram no MoU com um princípio comercial de que qualquer combinação resultará em uma alavancagem líquida da entidade combinada que será pelo menos comparável à alavancagem líquida da Gol imediatamente antes do fechamento da potencial transação”, diz o documento.
Azul explica entendimentos com a Gol
A Azul, , afirma ainda que o MoU descreve os entendimentos das partes sobre a governança da entidade resultante da operação e reforça o interesse das empresas em continuar as negociações em relação à proposta de troca de ações e outras condições.
Se a transação for implementada, a Azul e a Gol vão manter seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada. A fusão poderia gerar acordo entre outras companhias áreas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência.
O fechamento da operação está sujeito à concordância entre a Abra e a Azul quanto aos termos econômicos da operação, à conclusão satisfatória da due diligence, à celebração de acordos definitivos, à obtenção de aprovações corporativas e regulatórias (inclusive da autoridade antitruste brasileira), ao cumprimento das condições habituais e ao recebimento, pela Abra, da devida contraprestação correspondente.
O mercado de aviação no Brasil
Se a fusão da Gol com a Azul for aprovada, as duas empresas terão mais de 60% do mercado brasileiro. Hoje, as três maiores empresas de aviação do país — Latam, Azul e Gol — detêm 98,9% do transporte doméstico de passageiros.
Em 2024, Azul e Gol transportaram 57,4 milhões de passageiros para destinos brasileiros. Isso representa 61,4% do total. A Latam transportou 35 milhões (37,5%).
Com relação à frota, as duas companhias têm, juntas, 327 aviões. Em caso de fusão, as empresas ficariam no topo do ranking de maior frota. A Latam tem 163 aeronaves.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste