Segundo projeção divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil pode voltar ao patamar da nona maior economia do mundo.
O FMI antecipou os resultados devido a combinação de fatores como câmbio e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que se demonstraram mais fortes do que o esperado.
Para a instituição financeira internacional, o PIB brasileiro atual somará US$ 2,127 trilhões ainda neste ano, valor US$ 9 bilhões a mais que o Canadá, que cairia para o décimo lugar.
Em oitavo lugar está a Itália, com US$ 2,186 trilhões. O sétimo lugar é da França com US$ 3,049 trilhões.
Leia também: “Haddad diz que G20 deve criar novos impostos para os mais ricos”
A antecipação do cenário, divulgado na semana passada, se deu devido às projeções do crescimento do PIB brasileiro. A antiga previsão de crescimento da economia era de 0,9%, e a atual é de 3,1%.
O apontamento do relatório do FMI consta que “No Brasil, o crescimento tem sido mais resiliente do que o esperado em 2023”.
Surpresa do FMI frente ao crescimento brasileiro
Rodrigo Valdés, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional, explicou na última sexta-feira, 13, a série de razões para a surpresa com o crescimento da economia brasileira.
A força da agricultura foi um dos fatores mencionados por Valdés.
Perspectivas macroeconômicas melhores e os efeitos das reformas ao longo do tempo também tiveram papel importante na performance da economia.
O câmbio foi um outro fator que permitiu o Brasil passar o Canadá ainda neste ano de 2023.
Em abril o FMI projetava o preço do dólar em R$ 5,13. Porém, em outubro, a cotação passou para R$ 4,99.
Fatores cambiais ajudaram o Brasil a alcançar a nona posição porque se converte o PIB brasileiro de real para dólar, a fim de que a comparação das economias internacionais seja possível.
Quando o real está valorizado frente ao dólar, maior é o valor da moeda nacional frente à estrangeira.
Leia mais: “Banco Mundial alerta para efeitos da dívida pública no crescimento do Brasil”
Fatores internacionais como conflitos regionais, alta de petróleo também têm um papel crucial na determinação das ofertas e demandas de ativos globais.
Quando perguntado sobre os impactos da guerra entre os ataques de Hamas em Israel no Brasil, Valdés afirmou que o conflito é uma “nuvem escura para o futuro” para o FMI analisar a economia mundial como um todo, mas também que é “muito cedo para conclusões muito significativas”.
Fonte: revistaoeste