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Economia

Estudo aponta que desvalorização do real no 1º semestre foi impulsionada por questões internas no Brasil

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A desvalorização do no primeiro semestre deste ano é atribuída principalmente a fatores internos, conforme estudo do economista Livio Ribeiro, pesquisador do e sócio da BRCG Consultoria.

A alta do dólar nas últimas semanas levou a moeda norte-americana a se aproximar de R$ 5,70, o maior patamar em mais de dois anos. Com a disparada do , R$ 1 equivale a US$ 0,18.

Ribeiro é autor do modelo econométrico que analisa a formação do preço do dólar. Para ele, o Brasil não está sofrendo um ataque especulativo.

“Não há volatilidade, o movimento de do real é com uma única direção”, disse, em entrevista ao canal CNN nesta -feira, 3. “O que está acontecendo é uma mudança rápida de patamar por causa do medo, do aumento da percepção de risco do ís”.

O modelo econométrico de Ribeiro considera seis variáveis: cotação diária, CDS (risco país), DXY (índice do dólar contra uma cesta de moedas), CRB (índice de preços de commodities), juros dos títulos públicos de dez anos dos Estados Unidos e a diferença de juros de um ano entre a taxa norte-americana e a brasileira.

Entre de junho e 1º de julho, o DXY teve alta de 4,5%, um movimento menos acentuado que o registrado contra o real. O estudo conclui que fatores domésticos responderam por 82,16% da alta do dólar no primeiro semestre, enquanto fatores externos contribuíram com 26,43%.

“Essa contribuição nesta intensidade não é usual no modelo que rodamos há mais de dez anos”, comentou Ribeiro.

A postura do quanto à desvalorização do real

A reação do mercado às falas recentes do tem sido um fator relevante. A desvalorização intensa do real aumentou a pressão para que o Banco Central intervenha no mercado.

No entanto, o BC sinaliza que não é o momento para intervir, já que não há disfuncionalidade do mercado nem falta de liquidez. Ribeiro concorda: “Se o BC tratar esse movimento com disfuncionalidade, ele admite que o país está sofrendo um ataque especulativo e aí, sim, teremos um ataque especulativo”, prosseguiu. “Agora é momento de ficar ‘gelado’ e não reagir”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,

“Ajuste na comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central, como o presidente fez hoje, quanto em relação ao arcabouço fiscal”, disse Haddad, em uma entrevista na terça-feira 2. “Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal, é isso que vai tranquilizar as pessoas. É uma questão mais de comunicação do que qualquer outra coisa”.

Fonte: revistaoeste

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