Amanhã, às 3h50, o Hemisfério Sul acolhe a chegada da primavera. Por isso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), emitiu uma nota técnica com o prognóstico do clima para a estação e a sua influência na safra do período 2023/2024.
De acordo com o documento, o retorno gradual da chuva na porção sul das regiões Centro-Oeste e Sudeste, principalmente em novembro, provocará a elevação do armazenamento de água no solo.
Trata-se de um fator importante para o estabelecimento das fases iniciais das culturas no campo, como a soja, o milho e o algodão.
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Já a porção norte das mesmas regiões pode sofrer uma redução nos níveis dessas águas, devido à combinação de chuvas irregulares e altas temperaturas.
Segundo a previsão, o Sul do Brasil terá níveis pluviométricos acima da média, o que pode beneficiar o início da safra de grãos.
Contudo, o Rio Grande do Sul exige atenção especial.
No caso deste Estado, o excesso de chuva nos próximos meses pode intensificar o cenário de excedente hídrico.
Isso ocasionaria um encharcamento do solo, prejudicando, consequentemente, a colheita da safra de inverno e o início do plantio das culturas de grãos.
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Tendência do El Niño
O centro de pesquisa sediado na Coreia do Sul, que utiliza o método de previsão ENOS, calcula probabilidade de 90% ou mais de que as condições de El Niño permaneçam atuantes durante os meses de primavera e início do verão 2023/2024.
O modelo também prevê uma intensificação do fenômeno, que atinge categoria de classificação forte nos próximos meses.
A predição é contraposta por outros modelos internacionais, que também estimam a continuidade do El Niño, mas na classificação moderada.
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Em geral, sua presença aumenta as chuvas na Região Sul e as reduz nas regiões Norte e Nordeste.
É preciso considerar, no entanto, que o clima brasileiro também é influenciado por outros fatores, que podem atenuar ou intensificar os efeitos do El Niño.
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Fonte: revistaoeste