Na quarta-feira 26, a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota do crédito do Brasil no rating soberano, passando no nível “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. A nota dada pela agência serve para que investidores saibam o nível de risco dos títulos da dívida que estão comprando.
Segundo a Fitch, a elevação da nota de crédito do Brasil reflete o “desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado”. Com a ressalva de esperar que o governo consiga trabalhar para melhorar as condições herdadas.
Leia também: “Americanas fecha loja em Mato Grosso e demite 1,4 mil funcionários”
Mas apesar das notícias que envolvem a nova nota brasileira, e como isso pode influenciar nos rumos da economia, o que significa exatamente uma classificação aplicada por uma agência de rating?
O que é o rating de uma agência de crédito?
Os ratings são dados por uma nota a partir de um grau de confiança no investimento que podem ser feitos em um ativo. Eles são separados por letras que vão do “A” ao “D” — sendo “A” o mais confiável dos níveis e “D” uma avaliação indica alto nível de insegurança no investimento.
As avaliações das agências como a Fitch são feitas depois da aferição de dados econômicos, desempenho e capacidade de pagamento dos agentes envolvidos, além da segurança financeira proporcionada ao investidor na compra dos ativos.
+ Leia as principais notícias sobre Economia nos site da Revista Oeste
Entenda quais são as notas aplicadas pela agência
- AAA – Mais alta qualidade;
- AA – Qualidade muito alta;
- A – Qualidade alta;
- BBB – Boa qualidade;
- BB – Especulativo;
- B – Altamente especulativo;
- CCC – Risco substancial;
- CC – Risco muito alto; e
- C – Risco excepcionalmente alto.
Já as notas “DDD”, “DD” e “D” são considerados ativos de altíssimo risco e não são recomendados pelas agências. Nesses casos, há grandes possibilidades de perdas e inadimplência por parte dos agentes tomadores dos empréstimos.
Histórico do rating do Brasil em agências como a Fitch
O rating de nota de crédito da Fitch para o Brasil estava em BB- desde fevereiro de 2018, quando foi rebaixado do nível BB. Desde então, a perspectiva do país variou entre avaliações estáveis e negativas.
A última vez que o Brasil teve uma classificação dentro do grau de investimentos foi na avaliação de outubro de 2015, com o grau BBB- — o primeiro dos níveis de investimento disponibilizados pela agência.
Leia também: “Atas do Copom não ficaram mais rígidas no atual governo, aponta estudo”
Fonte: revistaoeste