Na passagem de fevereiro para março, a alta no endividamento e na inadimplência foi puxada pelas famílias de renda mais baixa. É o que mostra a mais recente edição da pesquisa realizada pela .
No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados subiu 0,5 ponto porcentual. Foi de 79,2% em fevereiro para 79,7% em março.
Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados diminuiu de 79,5% em fevereiro para 79,3% em março. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve redução de 75,8% para 75%. Já no grupo com renda acima de dez salários mínimos mensais, essa fatia ficou estável, em 71,4%.
Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso também subiu. De 35,8% em fevereiro para 36,4% em março. A parcela de inadimplentes é compostas de quem lida com parcelas atrasadas.
Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes permaneceu em 26% em março, mesmo resultado de fevereiro. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 20,5% para 20,7% em março. Para o grupo que recebe acima de dez salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes encolheu de 14,6% para 14,3%.
“Para ampliar a renda disponível, as famílias buscaram aumentar o prazo para pagamento das suas dívidas”, avalia a economista Izis Ferreira, da CNC. “Tanto que o tempo de comprometimento com dívidas atingiu 7,1 meses em março de 2023, o maior nível desde abril de 2022.”
Dados gerais sobre endividados e inadimplentes
A proporção de famílias com contas a vencer passou de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março. O resultado, porém, ainda é mais baixo que o de um ano antes, em março de 2023, quando 78,3% das famílias estavam endividadas.
Após cinco meses seguidos de recuos, a fatia de consumidores com contas em atraso aumentou, passando de 28,1% em fevereiro para 28,6% em março. Em março de 2023, a proporção de famílias inadimplentes era mais elevada, 29,4% tinham contas em atraso.
Revista , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste