O controlador e CEO da rede social Twitter (agora chamada de X), Elon Musk, declarou nesta segunda-feira, 21, que a rede social “pode quebrar”.
“A triste verdade é que neste momento não existem grandes redes sociais”, escreveu Elon Musk no próprio Twitter/X. “Podemos quebrar, como muitos previram, mas vamos tentar até o fim.”
É muito raro ouvir palavras de rendição (ou quase rendição) vindas de um empresário visionário e bem-sucedido como Musk.
Todavia, a situação do antigo Twitter é tão grave que até seu próprio dono é obrigado a admitir a dificuldade de levar o negócio adiante.
Essa é a segunda vez em menos de um ano que Musk escreve algo sobre o possível risco de falência da plataforma de rede social.
Alerta de Musk chega após problema técnico no Twitter/X
De toda a forma, as palavras do dono da Tesla e da SpaceX chegam depois da revelação de um problema técnico na plataforma que ocasionou a exclusão de imagens e links postados antes de dezembro de 2014.
Entre os desaparecimentos mais bombásticos está a famosíssima selfie tirada na cerimônia do Oscar de 2014 compartilhada pela apresentadora e atriz Ellen DeGeneres, que havia se tornado a foto mais retuitada de todos os tempos.
Outras fotos históricas também se perderam temporariamente. Como o tuíte de @joachimroncin, que lançou a hashtag #JeSuisCharlie, em 7 de janeiro de 2015, depois do ataque à redação da revista francesa Charlie Hebdo. Ou a foto de Barack e Michelle Obama de 2012, logo depois da posse dele como presidente dos Estados Unidos.
A falha no Twitter/X teria sido provocada, segundo alguns analistas de tecnologia da informação, por causa da atividade da empresa para liberar espaço nos servidores da plataforma.
A situação econômica da rede social X não parece sólida. Por um lado, as demissões de 80% dos funcionários estão reduzindo os custos. Quando Musk comprou o gigante tecnológico, em 2022, 8 mil pessoas estavam trabalhando na empresa. Hoje são apenas 1,4 mil colaboradores.
Mas várias decisões do empresário sul-africano se tornaram polêmicas e poderiam estar prejudicando a rede social.
Entre elas, a decisão de eliminar a possibilidade de bloqueio de usuários. Algo que destoa das políticas das App Store e que poderia incentivar a prática de trolling na rede social.
Saiba mais: Musk quer remover opção de bloquear usuários no Twitter
Esse tipo de ecossistema digital certamente não consegue atrair investidores, que continuam a retirar publicidade do antigo Twitter, pois não querem ver seus produtos associados a conteúdo polêmico.
Além disso, nem mesmo o Twitter Blue, a assinatura necessária para obter uma conta certificada, está gerando os resultados desejados.
Por outro lado, o arquirrival Mark Zuckerberg, da Meta (Instagram, WhatsApp e Facebook) se prepara para lançar a versão web de sua rede social anti-Twitter, Threads. Segundo o jornal norte-americano The Wall Street Journal, seria uma questão de dias. Provavelmente é por isso que Musk desafiou Zuckerberg em uma luta corpo a corpo.
Fonte: revistaoeste