O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou apoio ao pacote de medidas econômicas apresentado nesta terça-feira, 12, pelo novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. No cargo, Caputo responde diretamente ao presidente Javier Milei.
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A instituição afirma que as propostas do governo argentino representam “um passo importante” para recuperar a economia do país. A diretora-geral do FMI, , disse que as medidas que podem “reconstruir o potencial econômico” do país sul-americano.
“Saúdo as medidas decisivas anunciadas pelo presidente Milei e sua equipe econômica para enfrentar os desafios econômicos significativos da Argentina”, afirmou Kristalina. “Um passo importante para restaurar a estabilidade e reconstruir o potencial econômico do país.”
A diretora de comunicações do FMI, Julie Kozack, também elogiou as as medidas econômicas do novo governo argentino. Para a executiva, as medidas devem “melhorar significantemente as finanças públicas de uma forma que proteja os mais vulneráveis da sociedade e fortaleça o regime cambial”.
As novas medidas econômicas de Milei estão sendo tratadas como “o plano de choque”
O chamado “plano de choque” consiste em uma série de medidas que confluem com os pilares da diminuição da máquina do Estado, corte de gastos, aumento de impostos para a importação e desvalorização do peso argentino.
A primeira medida consiste em incentivar os setores produtivos a aumentarem suas atividades, como o setor agrícola. A taxa de câmbio terá um acompanhamento mensal por meio de ajustes temporários no imposto sobre importações.
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A segunda medida visa a não renovar os contratos de trabalho do governo argentino com menos de um ano, a fim de evitar nepotismo (favoritismo com parentes) durante o período próximo ao fim do mandato. A redução dos subsídios à energia e transportes, medida que o presidente defendeu durante as eleições, também faz parte do novo pacote econômico.
- redução de 18 para nove ministérios;
- redução de 106 secretarias para 54;
- contratos de trabalho com duração inferior a um ano não serão renovados;
- fixação da taxa de câmbio em relação ao dólar em 800 pesos;
- suspensão de contratos de publicidade do governo durante o período de um ano;
- redução de transferência para províncias;
- congelamento de novas licitações de obras públicas e cancelamento de obras que ainda não começaram;
- redução de subsídio ao setor de energia e transportes;
- aprimoramento de políticas sociais, “sem intermediários”;
- substituição do sistema de importação para um que não exija informações de licença prévia; e
- reforço em programas sociais.
Fonte: revistaoeste