O piorou suas projeções fiscais para o entre 2024 e 2025. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, 17, o fundo revisou o dado de 0,2% para 0,6% do Produto Interno Bruno (PIB). Diante desse cenário, o país deve seguir no negativo até o fim do governo Lula (PT).
Além disso, o fundo calcula que a dívida pública deve aumentar para níveis que só perdem para nações como o Egito e a Ucrânia, que enfrenta uma guerra há mais de dois anos.
Ainda segundo o FMI, somente partir de 2027 o Brasil voltaria a equilibrar suas contas públicas, quando o superávit chegaria a 0,4% do PIB. As melhorias devem permanecer até 2029, de acordo com dados da organização.
Economia global
Apesar do prenúncio negativo para o Brasil, o conselheiro econômico e diretor do departamento de pesquisa do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, destacou que há certa resistência na economia global.
Segundo ele, as chances de uma recessão mundial são mínimas, pelo menos para o momento. Ele ressaltou o bom desempenho econômico dos Estados Unidos, por exemplo, e de diversas economias emergentes, juntamente com a queda da inflação.
Gourinchas também alertou para possíveis fatores que poderiam impactar a inflação em 2024, como o aumento dos preços do petróleo e eventuais interrupções nas remessas entre Ásia e Europa.
Esses elementos poderiam levar os bancos centrais a manter as taxas de juros elevadas por um período prolongado, o que, por sua vez, poderia afetar o crescimento econômico global. A diretora-adjunta do FMI, Gita Gopinath, expressou preocupações específicas em relação aos riscos geopolíticos, sobretudo os relacionados ao Oriente Médio e seus possíveis reflexos nos preços do petróleo.
Estabilidade no crescimento global e monitoramento de riscos
Diante desse cenário, o FMI projeta uma estabilidade no crescimento global, com a manutenção da taxa de 3,2% para os anos seguintes. A instituição sediada em Washington DC ressalta a importância de monitorar os desdobramentos geopolíticos, que podem ter impactos significativos na economia mundial.
A atenção especial está voltada para possíveis oscilações nos preços do petróleo e eventuais perturbações nas cadeias de suprimentos entre Ásia e Europa, fatores que podem influenciar a inflação e as políticas monetárias dos países.
Fonte: revistaoeste