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Economia

Crise no mercado editorial: icônica livraria Saraiva decreta falência após um século de protagonismo

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A renomada Livraria Saraiva, fundada em 1914, apresentou um pedido de autofalência perante a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Esse ato é uma admissão formal da empresa quanto à sua incapacidade de cumprir suas obrigações financeiras, marcando um possível final de sua trajetória.

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A livraria já foi sinônimo de prosperidade no mercado cultural brasileiro, com mais de cem lojas físicas e forte atuação online, foi reconhecida uma gigante do setor.

No entanto, a empresa começou a enfrentar sérios desafios durante a crise econômica de 2014, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Livraria Saraiva falênciaLivraria Saraiva falência
Após três tentativas de venda, Livraria Saraiva se vê obrigada a decretar autofalência. | : Reprodução/Livraria Saraiva

O que levou a Saraiva a decretar autofalência?

Os motivos apresentados pela companhia destacam os desafios logísticos brasileiros, o endividamento em função da rápida expansão que a empresa ambicionava e a desconfiança do mercado em aportar capital no setor editorial brasileiro.

Fortemente endividada, Saraiva fechou lojas, entrou em recuperação judicial e tentou, sem sucesso, vender operações.

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Desde então, a empresa demitiu funcionários e perdeu executivos importantes, ficando obrigada a finalizar suas operações presenciais e focar exclusivamente na venda on-line.

Com a situação agravada, restou para empresa admitir sua incapacidade de liquidar suas dívidas e declarar autofalência.

Conforme a legislação brasileira, o pedido de falência pode ser solicitado por credores, acionistas ou pela própria empresa endividada, sendo este último chamado de “pedido de autofalência”.

Qual a situação da empresa e o que podemos esperar para seu futuro?

A situação financeira da Saraiva é grave. No segundo trimestre de 2023, a empresa evidenciou um prejuízo operacional de R$ 11 , marcando uma queda de 60,2% na receita das lojas.

A empresa tentou três vezes vender seus ativos, mas não conseguiu encontrar compradores no mercado.

Atualmente a falência parece inevitável, marcando o fim de uma era para a Saraiva e representando mais um capítulo desafiador na história de crise das livrarias brasileiras.

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O próximo passo será a formalização da falência pela Justiça, seguida pela distribuição dos ativos entre os credores, com prioridade para as dívidas trabalhistas e fiscais. Esse desfecho levanta questões sobre a gestão e o modelo de negócios que levaram uma empresa tão tradicional a essa situação precária.

Fonte: revistaoeste

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