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Economia

Cracolândia: Comerciantes da Santa Ifigênia fecham estabelecimentos em protesto contra a situação no local

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Os comerciantes da região de Santa Ifigênia, no Centro da cidade de São Paulo, fecharam as portas nesta quinta-feira, 10, para protestar contra a cracolândia.

Lojistas e vendedores se reuniram para protestar na rua Santa Ifigênia às 9 horas da manhã. Eles exibiram bandeiras, faixas e cartazes. O protesto percorreu outras ruas da região central da capital paulista.

Segundo os comerciantes, a cracolândia está trazendo mais violência para a região e afastando os consumidores de lá. 

“Basta! de cracolândia! Nós queremos trabalhar”, dizia um cartaz. “Revitalização do Centro histórico de São Paulo é urgente e necessária”, eram os dizeres de outra faixa.

O perfil da Associação União Santa Ifigênia no Instagram publicou sobre a manifestação. A entidade afirmou que o ato era pela “dignidade dos que vivem e trabalham no Centro de São Paulo”.

“Os moradores e trabalhadores são forçados a conviver com a diária, enquanto os comerciantes enfrentam o colapso de seus negócios devido à fuga dos consumidores”, continuou a associação.

Como a cracolândia atrapalha o comércio de Santa Ifigênia

Eles também disseram que houve uma perda de 30% dos empregos, 40% de imóveis desocupados e diminuição de 50% da atividade comercial da região por causa da chegada da cracolândia — localidade que recebe esse nome por ser ponto de aglomeração de usuários de drogas e, consequentemente, de traficantes.

Antes, a cracolândia paulistana ficava concentrada nas imediações da Rua Helvetia, nos Campos Elíseos, e nas proximidades da Júlio Prestes, da CPTM. Nos últimos anos, contudo, a área expandiu para outros pontos da região central da cidade.

Manifestantes usaram a faixa “ de clientes com medo. Lute pelo direito de ir e vir”. “Limpeza e segurança é o que pedimos”, “chega de medo” e “governantes, cadê o fim da cracolândia?” também foram estandartes empunhados pelos lojistas e vendedores.

O comerciante Fábio Zorzo, dono de lojas de eletrônicos, disse ao jornal Folha de S.Paulo que suas vendas caíram 60% com a chegada da cracolândia à Santa Ifigênia. “Tenho 150 colaboradores nas lojas”, disse o empresário. “O comércio de rua está morrendo e não podemos deixar isso acontecer.”

De janeiro a março deste ano, ao menos 23 comércios fecharam definitivamente na região da cracolândia na rua Santa Ifigênia e no bairro Campos Elísios. O motivo alegado foi o mesmo em rodos os casos: medo diante da presença dos usuários de drogas.

No último ano, 20 mil pessoas perderam seus empregos no Centro de São Paulo também por causa dos usuários de drogas que se espalharam pela localização, segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores.

Fonte: revistaoeste

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