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Economia

Copom afirma: Selic de 10,5% é essencial para conter a inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do afirmou que a manutenção da taxa Selic em 10,5% é compatível com a sua estratégia para fazer a inflação convergir a um nível “ao redor” da meta no horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. A informação consta na ata do último encontro, divulgada na manhã desta terça.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, afirma o comitê.

Na mais recente reunião, da semana passada, o Copom decidiu interromper o ciclo de cortes da Selic, mantendo a taxa básica de juros em 10,5%. Hoje, na ata, o colegiado reforçou que a combinação entre cenário global incerto, resiliência da atividade doméstica, aumento das suas projeções de inflação e desancoragem das expectativas demanda “maior cautela.”

“A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz a ata.

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Copom elevou estimativa de juro real neutro, de 4,5% para 4,75%

Também consta da ata do Copom que o Banco Central aumentou a sua estimativa de taxa de juros real neutra, de 4,5% para 4,75%. A projeção do BC estava estável desde meados do ano passado.

“Em função da incerteza intrínseca e da própria natureza da variável, o Comitê reforçou que a taxa neutra não é uma variável que deve ser atualizada em frequência alta e que tampouco deveria ter movimentos abruptos, salvo em casos excepcionais. Nesse contexto, o Comitê elevou marginalmente a hipótese de taxa de juros real neutra em seus modelos para 4,75%”, diz a ata.

O Copom informou que, na discussão para definir a taxa Selic, avaliou cenários com um juro real neutro de 4,5% a 5%. Também reforçou que alguns fatores podem fazer a taxa neutra subir, citando o “esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública”.

Um aumento na taxa neutra de juros, segundo o comitê, teria impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade.


Redação , com informações da Agência Estado

Fonte: revistaoeste

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