O federal apresentou um superávit de R$ 18,3 bilhões nas contas públicas em outubro, conforme dados divulgados pelo nesta terça-feira, 28.
O resultado representa o pior desempenho de arrecadação para o mês desde 2020, quando houve déficit de R$ 4,2 bilhões por causa dos gastos com o combate à pandemia da covid-19.
O dado inclui as contas do Tesouro Nacional, da Previdência e do Banco Central. No acumulado do ano, as contas do governo registraram um déficit de R$ 75,1 bilhões, o pior resultado desde 2020 para o período.
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Contas públicas com mais gastos que receita
De acordo com o Tesouro, a receita líquida teve acréscimo de R$ 1,1 bilhão, alta de 0,6%, enquanto a despesa total registrou acréscimo de R$ 14,9 bilhões, salto de 10,1% na comparação com outubro de 2022.
O aumento nas despesas totais do governo é atribuído especialmente pelo crescimento das despesas discricionárias (dentro dos limites permitidos por lei), ampliação dos gastos do Bolsa Família, elevação de benefícios previdenciários, redução dos créditos extraordinários e diminuição de R$ 2,9 bilhões na rubrica de Apoio Financeiro a Estados e Municípios.
Rombo
Na semana passada, o governo Lula atualizou suas estimativas fiscais e previu encerrar o primeiro ano de mandato com um rombo de R$ 177,4 bilhões nas contas.
Em setembro, o governo havia estimado que o valor seria de R$ 141,4 bilhões.
O resultado representa uma piora em relação à projeção anterior e se afasta da meta planejada pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, de entregar um déficit de até 1% do produto interno bruto (pib) em 2023.
No acumulado do ano, as contas públicas registraram déficit de R$ 75,1 bilhões, frente a um superávit de R$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2022. Este também é o pior resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2020.
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Fonte: revistaoeste