Conforme dados desta segunda-feira, 5, do (BC), o Brasil registrou um déficit de US$ 28,6 bilhões nas contas externas em 2023. Em 2022, o déficit foi de US$ 48,3 bilhões.
Conforme o BC, o recuo de US$ 19,6 bilhões no déficit foi em razão da ampliação de US$ 36,4 bilhões no superavit da balança comercial e da redução de US$ 2 bilhões no déficit de serviços.
Além disso, contribuíram os aumentos nos déficits de renda primária, de US$ 15,9 bilhões, e na renda secundária, de US$ 2,9 bilhões.
Somente em dezembro, as transações do país somaram um déficit de US$ 5,8 bilhões, queda de quase 23% ante o déficit de US$ 7,5 bilhões em dezembro de 2022.
Balança comercial
Em dezembro, a balança comercial do Brasil teve superávit de US$ 7,3 bilhões, melhora significativa em relação aos US$ 2,9 bilhões em dezembro de 2022.
As exportações de bens em 2023 registraram o maior valor da série histórica, totalizando US$ 344,4 bilhões, com avanço de 1,2% em relação a 2022.
Apesar disso, as importações de bens tiveram queda de 9,8%, na mesma base de comparação, somando US$ 21,8 bilhões. No ano, as importações totalizaram US$ 263,9 bilhões, tendo queda de 10,9% em relação a 2022.
Além das contas externas: investimentos diretos têm queda
Somente em dezembro, os investimentos diretos no país (IDP) somaram saídas líquidas de US$ 389 milhões. O BC salientou que o resultado está em linha com as saídas líquidas observadas em dezembro de 2022, de US$ 479 milhões.
No ano passado, o IDP teve queda de quase 17%, chegando a US$ 62 bilhões (2,85% do PIB), ante US$ 74,6 bilhões (3,82% do PIB) em 2022.
Além disso, os investimentos diretos no exterior (IDE) tiveram queda de 44% na comparação interanual, somando de US$ 1,5 bilhão em dezembro, ante os US$ 2,7 bilhões no mesmo período de 2022.
No agregado do ano, os fluxos de IDE tiveram queda de 15,3%, somando US$ 28,3 bilhões, ante os US$ 33,4 bilhões em 2022.
Fonte: revistaoeste