O otimismo entre os comerciantes brasileiros apresentou recuo em outubro. A informação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve uma redução de 3% em comparação a setembro. Os efeitos e exceções sazonais, naturais dentro do comércio, já são descontados no resultado da pesquisa.
Nos indicadores da confederação, a zona atual ainda é satisfatória. Contudo, a diminuição representa 13,1% em comparação ao mesmo período do ano de 2022.
A desaceleração do setor de comércio, segundo a CNC, soma-se à margem de lucro menor e níveis de inadimplência e endividamento de empresas cada vez maiores. A gestão de caixa das empresas se torna mais desafiadora, ainda que haja maior faturamento durante a temporada de festas de final de ano.
Queda na confiança de comerciantes na qualidade de produtos
A economista responsável pelo indicador da CNC, Izis Ferreira, afirmou em nota que o faturamento nas festas entre dezembro e janeiro encontram-se em desaceleração, especialmente com a referência do mesmo período do ano anterior.
“A desaceleração da atividade econômica e do varejo, com acirramento da gestão financeira das empresas, e um consumidor mais cauteloso contribuem para que o comerciante entre no último trimestre com menos disposição para investir na contratação efetiva de funcionários e na ampliação dos estoques”
Houve uma queda de 3,9% na confiança de comerciantes de produtos de primeira necessidade entre setembro e outubro. Já com produtos semiduráveis, o recuo foi de 3,4%. A retração no setor de bem duráveis foi de 2,7%.
Na comparação total do ano, entre os mesmos períodos de 2022 e 2023, o grupo de bens foi o segmento que liderou a queda na confiança, com a redução de 14,7%, em razão do impacto do “crédito caro e seleto”, segundo a CNC.
Fonte: revistaoeste