O Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, passar a ser operado por uma concessionária privada nesta terça-feira, 17, mediante contrato de concessão de 30 anos.
A Aena Brasil faz parte da companhia espanhola Aena, uma das maiores operadoras aeroportuárias do mundo em número de passageiros, e que agora operará Congonhas.
Ao final do processo da nova rodada, a Aena vai estar presente em nove estados do país e vai ficar responsável por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional.
Os passageiros que passarem pelo Aeroporto de Congonhas devem em breve notar mudanças nas salas de embarque remoto (ônibus), reformas de banheiros e também de fachada.
Obras maiores devem acontecer nos próximos anos. Conforme o contrato de concessão, um novo terminal deverá estar operacional em 2028.
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Segundo o diretor-presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, vai ser entregue “um projeto básico para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as obras devem começar no segundo semestre de 2024″. Yus menciona também “melhorias sem parar o terminal”, contando com “o horário noturno, quando o aeroporto está fechado, mas sem perturbar os vizinhos”.
O novo terminal vai integrar o atual, onde hoje estão os hangares das companhias aéreas Gol, Azul e Latam.
Um dos principais desafios da Aena Brasil será realizar as obras sem parar a operação de Congonhas, o segundo aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos.
Serão 20 novas pontes de embarque a substituir as 12 atuais. O novo terminal terá 80 mil metros quadrados.
Aeroporto de Congonhas é o segundo maior aeroporto do país
Até agosto de 2022, Congonhas teve um fluxo de 14 milhões de passageiros. Número ainda menor comparado aos 22 milhões antes da pandemia, em 2019.
Congonhas tem a segunda ponte aérea mais movimentada em termos de assentos ofertados em toda a América Latina, e é o terceiro mais conectado do continente. Ao final da concessão de 30 anos, o fluxo de passageiros deve chegar a cerca de 30 milhões de pessoas.
O diretor-presidente afirmou que haverá novas áreas de embarque e desembarque de passageiros de aplicativos. A Aena já contratou 450 pessoas e passou a cuidar da gestão de 100 contratos de serviço.
Revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves e outras melhorias ambientais e de sustentabilidade fazem parte das principais obras almejadas.
Segundo Yes, os recursos para as obras poderão ser obtidos via crédito em bancos, porém, é algo ainda a se definir.
Congonhas vai manter duas pistas de operação para evitar que o terminal pare completamente caso haja algum imprevisto. Atualmente, o período de funcionamento do terminal é das 6 às 23 horas.
“Queremos trazer as melhorias com o menor impacto possível, afinal isso afeta toda a malha área do país”, disse Yus a respeito da nova direção. “Também vamos melhorar a segurança dos pousos e decolagens.”
Fonte: revistaoeste