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Economia

CEO do JPMorgan adverte sobre os perigos das altas taxas de juros

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, alertou publicamente sobre os riscos que as altas taxas de juros nos Estados Unidos.

Em entrevista ao Time of India publicada nesta terça-feira, 26, o banqueiro salientou que o mundo pode não estar preparado para que o Federal Reserve (Fed) eleve os juros para 7%.

“Não tenho certeza se o mundo está preparado para 7%”, disse Dimon ao jornal.

“Se houver volumes mais baixos e taxas de juros mais altas, haverá estresse no sistema”, declarou o CEO do JPMorgan.

“Warren Buffett diz que você descobre quem está nadando nu quando a maré está baixa. Essa será a maré baixando”, completou o executivo.

Dimon alertou que mais dois aumentos nas taxas de juros seriam “mais dolorosos” do que os dois últimos.

Declarações de Dimon sobre juros preocuparam Wall Street

Os comentários de Dimon aumentaram o nervosismo crescente em Wall Street.

Muitos operadores do mercado americano estão preocupados que o Fed mantenha as taxas de juros altas por mais tempo do que o esperado.

Desde o início do ano passado, o Fed elevou as taxas de juros muito rapidamente, passando de um nível próximo do zero para pouco mais de 5%.

Wall Street sofreu nas negociações desta terça após as declarações de Dimon. O Dow Jones caiu 1.14%, o S&P 500 perdeu 1.47% e o Nasdaq fechou no vermelho de 1.57%.

“Pergunto às pessoas do mundo dos negócios: ‘Estão preparados para algo como 7%?’ O pior caso é 7% com estagflação (quando o crescimento da economia está estagnado, com alto desemprego e inflação). Se eles tiverem volumes menores e taxas mais altas, haverá estresse no sistema”, declarou Dimon, “Pedimos aos nossos clientes que estejam preparados para esse tipo de estresse.”

Dimon fala sobre falência bancária nos EUA

Na entrevista ao Times of India, Dimon abordou a série de falências bancárias dos EUA no início deste ano.

Entre os bancos que quebraram está o First Republic Bank, adquirido pelo JPMorgan após a crise.

“Não creio que queiramos um sistema em que nenhum banco falhe. Então, ter um monte de fracassos não é algo terrível”, disse Dimon.

Entretanto, segundo ele, “se isso causar estragos no sistema, teremos que modificar os regulamentos para impedir que isso aconteça”.

Apesar das expectativas negativas, o mercado não prevê juros em 7%

Embora Dimon se prepare para taxas de 7%, esse não é um cenário que os próprios diretores do Fed tenham endossado publicamente.

Na semana passada, as autoridades do Banco Central americano divulgaram projeções que apontam para apenas mais um aumento nas taxas de juros este ano.

Para o ano que vem, o mercado espera cortes nas taxas e poucas chances de que os juros cheguem a 6% ou em 7%.

Fonte: revistaoeste

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