A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira, 24, a suspensão definitiva da concessão de empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, programa que voltará a ser chamado de Bolsa Família.
Novas contratações já estavam suspensas desde 12 de janeiro, e, nesta semana, a presidente da Caixa, Rita Serrano, disse que o banco não iria aderir às novas regras do consignado, criado no ano passado e alterado neste ano, no governo do presidente Lula.
“O banco decidiu retirar o produto de seu portfólio”, informou a Caixa nesta sexta-feira, sem explicar os motivos da decisão. “Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)“, destacou o banco, em nota à imprensa.
Quando foi criado o consignado do Auxílio Brasil, a regulamentação permitia comprometer com o pagamento do empréstimo até 40% do valor do benefício, e as taxas de juros eram de até 3,5% ao mês. Com as mudanças, o limite de desconto do benefício foi reduzido para 5%, e as taxas passaram para o limite máximo de 2,5%. Além disso, a nova norma também reduziu a quantidade de parcelas de 24 para seis.
Ao autorizar o consignado do Auxílio Brasil, 12 bancos foram credenciados, e a Caixa foi o único que deixou de oferecer o serviços. Segundo o Ministério da Cidadania, 80% do total de contratações tinham sido feitas via Caixa, segundo balanço até 1º de novembro.
Para quem contratou o benefício, as regras continuam sendo as do contrato e nada muda com a decisão da Caixa de não fazer mais os empréstimos.
Se o benefício for cancelado, o empréstimo continuará vigente. Ou seja, mesmo se deixar de receber o Auxílio Brasil, o beneficiário precisa se organizar para pagar todos os meses o empréstimo até o fim do prazo do contrato. No empréstimo consignado, o desconto é feito direto na fonte. Ou seja, durante o prazo contratado, a parcela é descontada diretamente do valor mensal do benefício.
Fonte: revistaoeste
