A petroquímica Braskem registrou um recorde de remuneração para seus executivos e conselheiros de alto escalão, em 2022. De acordo com as informações, os valores superaram de companhias como Petrobras, Banco do Brasil, Itaúsa e Gerdau.
Apesar de um prejuízo de R$ 336 milhões no último exercício, a petroquímica pagou R$ 60 milhões a seus principais executivos e conselheiros.
Para este ano, a previsão é de um aumento para R$ 85,5 milhões. Valor 44% maior em relação a 2022, conforme ata da assembleia de acionistas, datada de abril.
O aumento na remuneração ocorre em meio a um novo desastre ambiental em Maceió, causado pela exploração de sal-gema pela empresa. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Em resposta à Folha, a Braskem afirmou que a remuneração segue padrões de mercado. Especialistas em governança criticaram o aumento, considerando a atual situação da companhia. Eles afirmam que a remuneração ascendente da Braskem é incompatível com a postura da empresa diante do desastre ambiental.
Apesar dos prejuízos que vem acumulando, a remuneração dos altos cargos executivos tem crescido desde 2018, ano do primeiro tremor em Maceió associado às atividades de mineração.
Cerca de 60 mil famílias foram obrigadas a deixar suas casas e comércios na região. Apesar disso, a petroquímica respondeu que adota medidas para mitigar os impactos de desastres.
De acordo com a empresa, as medidas vão desde apoio à desocupação das áreas de risco, à realocação das famílias, além de uma compensação financeira.
Agência que fiscaliza mineradoras tem 70% de seus cargos vazios
A Agência Nacional de Mineração (ANM), que é responsável pela fiscalização e regulação das mineradoras no Brasil, opera com 70% dos cargos não preenchidos. O órgão foi criado no governo de Michel Temer, em 2017.
Além disso, a ANM confirmou ter 664 servidores, número que representa menos de um terço previsto em lei. De acordo com a agência, o orçamento para este ano é de R$ 1,06 bilhão.
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Fonte: revistaoeste