Os brasileiros perdem cerca de R$ 23,9 bilhões por ano com jogos e apostas on-line, como as bets e cassinos virtuais. É o que aponta estudo do Itaú, com base em dados do . O material foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.
No estudo, o banco privado calcula que os gastos com jogos e apostas on-line de julho de 2023 a junho de 2024 somaram um total de R$ 68,2 bilhões. De volta, esses mesmos brasileiros receberam cerca de R$ 44,3 bilhões em prêmios.
O balanço entre apostas on-line e prêmios feito por analistas do Itaú mostra um gasto líquido anual de R$ 23,9 bilhões – valor “perdido” pelos brasileiros e embolsado pelas “bancas” de aposta on-line de julho de 2023 a junho de 2024.
Ainda de acordo com o Itaú, as perdas com bets equivalem a 0,2% do Produto Interno Bruto do país. O montante também equivale a 0,3% do consumo das famílias e 1,9% da massa salarial do país.
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O presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Legal, Magno de José, afirma que os valores envolvidos no mercado de apostas no país são ainda maiores. “Uma análise do balanço de pagamentos não considera o que circula no mercado interno”, diz ele à Folha. “Também desconsidera o jogo irregular.”
Conforme a as bets movimentam R$ 110 bilhões ao ano no Brasil. Valor que perfaz um faturamento para casas de apostas de R$ 14 bilhões ao ano.
O mesmo estudo do Itaú sugere que o brasileiro perde cerca de 35% de tudo o que investe em jogos e apostas on-line. Perante isso, o governo federal quer regular o mercado no país. Recentemente, passou-se a discutir, inclusive, a volta da legalização de cassinos e bingos no Brasil. Um projeto de lei a respeito do tema .
O afirma que novas regras são necessárias para dar maior proteção ao apostador brasileiro. O órgão afirma encontrar dificuldade para precisar o montante exato a ser arrecadado. Não existem informações oficiais a respeito do volume de apostas atualmente.
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A partir de 2025, as empresas de apostas on-line e esportivas necessitarão de autorização do Ministério da Fazenda para operar no Brasil. Inclusive, as primeiras autorizações devem sair para quem se inscrever até esta terça-feira, 20.
Para operar, as empresas terão de seguir requisitos técnicos, jurídicos e financeiros estipulados pelo governo federal. Além disso, terão de pagar R$ 30 milhões para obter licença de funcionamento de cinco anos no país.
Fonte: revistaoeste