O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan disse que o grande calcanhar de aquiles da economia brasileira é o regime fiscal. Ele falou sobre o tema nesta quarta-feira, 6, ao participar de evento promovido pela RB Investimentos.
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O que precisa ser perguntado, de acordo com o ex-ministro, é como vai funcionar o arcabouço fiscal. De acordo com Malan, o sistema se propôs, corretamente na visão dele, ter uma trajetória de déficit primário para 2024, 2025 e 2026.
“Vai ser muito difícil alcançá-la, porque ela está fundamentalmente tendo que lidar com um fenômeno de expansão de gastos já contratados e com as dificuldades de ter um aumento de receitas numa magnitude significativa a ser alcançada”, disse Malan, que fez questão de citar o petista que está à frente da área econômica do . “O ministro da Fazenda, Fernando Haddad está fazendo o melhor de seus esforços, devo reconhecer isso, para mostrar que é possível”, disse Malan.
Ministro da Fazenda durante os dois governos de , permanecendo no cargo de janeiro de 1995 a dezembro de 2022, Malan elogiou Haddad. No evento, ele acrescentou que foi correta a decisão do petista de não mudar a meta fiscal para os próximos anos.
Pedro Malan sugere novas projeções fiscais no Ministério da Fazenda
No entanto, de acordo com Pedro Malan, no começo de 2024 haverá o relatório bimensal do mostrando como evoluiu no primeiro bimestre seu resultado. O relatório se repetirá pelos cinco bimestre subsequentes e, dependendo dos resultados, de acordo com Malan, o Ministério da Fazenda terá de refazer suas projeções.
Malan também expôs durante o evento da RB Investimentos que é bem possível que o Brasil tenha de fazer uma nova reforma da Previdência, por volta de 2030, já que o número de trabalhadores da ativa que hoje sustenta o contingente de aposentados está diminuindo.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste