O cortou suas principais taxas de juros em 0,25%. Com a decisão desta quinta-feira, 6, a taxa de depósito de referência foi reduzida de 4% para 3,75%.
“As perspectivas de inflação melhoraram acentuadamente”, informou o BCE, em comunicado. “Agora é apropriado moderar o grau de restrição da política monetária.”
A instituição financeira anunciou também que a economia da Zona do Euro deverá crescer 0,9% neste ano. A expectativa supera a previsão anterior, de 0,6%.
Outros bancos centrais também cortam taxas de juros
O BCE também destacou que os sinais de pressão sobre os preços ainda são fortes. Isso indica que a inflação deve permanecer acima da meta de 2% até o próximo ano. A previsão é que a média seja de 2,2% em 2025 — ligeiramente acima da projeção de três meses atrás.
O Banco da Inglaterra e o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos demonstram cautela em relação a cortes nas taxas de juros. Os bancos centrais da Suíça e da Suécia já tomaram medidas semelhantes.
Nesta quarta-feira, 5, o Banco do Canadá tornou-se o primeiro banco central do G7 a reduzir as taxas de juros. Esse movimento do BCE é o primeiro corte desde setembro de 2019 e sinaliza o fim de uma política agressiva de combate à inflação.
Histórico de inflação e medidas do Banco Central Europeu
No fim de 2022, a inflação na Zona do Euro atingiu um pico de mais de 10%, impulsionada pelo aumento dos preços da energia. A inflação dos alimentos, que estava acima de 12% há um ano, desacelerou para menos de 3%.
De lá para cá, o BCE embarcou em um ciclo agressivo de aumentos de taxas. A ação elevou a taxa de depósito bancário de -0,5% em julho de 2022 para 4% em setembro do ano passado.
A inflação na Zona do Euro desacelerou para 2,6%, em termos anualizados, em maio. Isso ocorreu muito por causa da queda dos preços da energia.
“A política monetária tem mantido as condições de financiamento restritivas”, informou o BCE. “Ao amortecer a demanda e manter as expectativas de inflação bem ancoradas, isso contribuiu muito para que a inflação voltasse a cair.”
Perspectivas econômicas e políticas do BCE
O BCE enfrenta o desafio de equilibrar a redução das taxas de juros em tempo hábil para evitar danos excessivos à economia. Uma possível flexibilização poderia reanimar as pressões inflacionárias.
A instituição alegou que, embora a inflação tenha diminuído, ainda há sinais de fortes pressões sobre os preços.
O corte nas taxas de juros do BCE ofereceu um alívio para diversas pessoas e tornou os empréstimos mais acessíveis. “A política monetária tem mantido as condições de financiamento restritivas”, informou. “Ao amortecer a demanda e manter as expectativas de inflação bem ancoradas, isso contribuiu muito para que a inflação voltasse a cair.”
A medida do BCE segue uma tendência global, e várias autoridades monetárias acreditam que as taxas de juros elevadas têm sido eficazes na contenção das economias para desacelerar a inflação.
Fonte: revistaoeste