A ditadura de Cuba anunciou nesta segunda-feira, 8, um aumento de 528% nos preços da gasolina e do diesel comuns. As mudanças nos preços devem ser implementados a partir de 1º de fevereiro.
Atualmente, a gasolina e o diesel comuns custam cerca de 25 pesos cubanos por litro. Com as medidas, que fazem parte de um grande plano de ajuste macroeconômico anunciado em dezembro, os preços devem ir para cerca de 132 pesos (R$ 5,36 no câmbio atual).
O ministro de Finanças e Preços de Cuba, Vladimir Reguero, confirmou os aumentos durante uma entrevista à rede de televisão estatal. Na mesma entrevista, ele afirmou que o objetivo das medidas é “reanimar” a economia cubana, que está em uma crise severa.
O preço da gasolina especial (de 94 octanas) vai subir de 30 pesos por litro para 156 pesos. O diesel especial também vai subir, de 27,5 pesos para 150 pesos. Respectivamente, os aumentos vão ser de 520% e 546%.
Reguero também afirmou que cerca de 28 postos de combustíveis do país vão começar a aceitar de turistas o pagamento em dólar.
“Agora, se ao mesmo tempo tivermos uma cadeia de postos que vendem em moeda nacional a 30 pesos, ninguém irá àqueles que vendem em moeda estrangeira”, informou o ministro.
“Temos de alinhar os preços com a taxa de câmbio oficial que temos hoje no país, (de) 120 pesos para um (dólar)”, afirmou o ministro cubano. “Portanto, os preços em moeda nacional vão subir.”
O ministro também afirmou que a cobrança de gasolina e de diesel em dólares busca obter mais moeda norte-americana para continuar com a importação de combustível da ilha, que depende fortemente de importações de seus aliados — como a Rússia, a Venezuela e o México.
Além da gasolina e do diesel, as contas de luz também vão aumentar em Cuba
O governo cubano anunciou em dezembro que a tarifa de eletricidade também vai aumentar em 2024.
O ministro de Energia e Minas de Cuba, Vicente de la O Levy, informou que vai haver um aumento de 25% para cada quilowatt (kW) extra que exceder a o teto de 500 quilowatts por hora (kWh).
segundo os cálculos do governo comunista, Levy afirmou que os aumentos nas contas irão afetar somente cerca de 2% a 5% dos consumidores.
Neste ano, o país vai implementar novos ajustes macroeconômicos — os maiores da ilha, há décadas — com aumentos em utilities (energia, água e gás) e o fim de o subsídio universal aos alimentos.
O governo também afirmou que as medidas não vão afetar os setores mais vulneráveis e enfatizou a urgência delas.
Cuba fechou 2023 com uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de até 2%, segundo o próprio governo, e um déficit fiscal de cerca de 19% do PIB. Segundo o governo, a inflação oficial vai passar do patamar de 30%.
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Fonte: revistaoeste
