A partir desta segunda-feira, 1º, a bandeira tarifária amarela entra em vigor nas contas de energia elétrica. A mudança na conta de luz resultará em um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, o que afeta tanto os consumidores quanto a inflação de julho.
A anunciou a nova bandeira na sexta-feira 28. Isso encerra um período de 26 meses de bandeira verde, que vigorou de abril de 2022 a junho de 2024, devido às boas condições de geração de energia no país.
De acordo com a Aneel, atualmente, as condições de geração de energia são desfavoráveis. A previsão de chuvas 50% abaixo da média até o final do ano e o aumento no consumo de justificaram a mudança para a bandeira amarela.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas que têm a energia mais cara que hidrelétricas passem a operar mais”, informou a Aneel, em comunicado.
Fatores que influenciaram o aumento da conta de luz
A Aneel destacou que os fatores que levaram ao aumento da conta de luz foram o risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), já que atualmente não há despacho de termelétricas fora da ordem de mérito.
Em fevereiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já havia alertado para a baixa vazão das usinas no período seco deste ano.
Cada bandeira tarifária reflete o cenário energético, que varia de favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 2). Em março, a Aneel aprovou novos valores adicionais para a conta de luz, reduzindo os custos em todos os patamares.
A bandeira amarela teve maior redução, caindo de R$ 2,99 para R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 teve uma redução de 31,3%, e a vermelha patamar 2 caiu 19,6%.
Segundo a Aneel, com a mudança para a bandeira amarela, é necessário ficar atento ao consumo de energia. “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, afirmou a agência. “A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.”
Fonte: revistaoeste