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Taise Spolti – Planejamento e frustração na dieta: descubra as principais razões para o fracasso.

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Se você já se viu desistindo de planos de dieta ou motivação para um projeto, saiba que não há absolutamente nada de errado com isso: você, eu e todo mundo fomos programados pelo nosso cérebro para não nos reconhecermos a longo prazo.

Isso determina que planos de longa distância que não tragam efeitos em pouco tempo —como satisfação, prazer, bem-estar momentâneo— não serão aceitos no nosso cérebro como algo positivo. É como se você estivesse entregando o controle da felicidade para um estranho, lá na frente, e isso não é nada prazeroso para o seu cérebro.

Duas grandes constatações que irão lhe ajudar a entender sobre:

  • Feedback em loop: mais conhecido como a atividade pré-existente cerebral, ela determina que quanto mais a gente pensa sobre algo, mais pensaremos sobre aquilo. E a resposta a estímulos que condizem com esse pensamento será automática, pré-determinada, mesmo que inconsciente.
  • Cientistas da universidade de New South Wales, na Austrália, iniciaram as pesquisas sobre o tema.

O estudo mostrou que nosso cérebro consegue fazer escolhas com base em atividades pré-existentes e que vão determinar possíveis decisões.

Na prática: é possível aplicar a explicação em como alguns indivíduos deslizam em suas pequenas metas diárias por falta de conexão com o que estão fazendo, como um ‘comportamento mecanizado’.

Outros estudos e teorias já conseguiram determinar os motivos pelos quais devemos estar conscientes no momento em fazemos certas tarefas ao invés de seguir sem conexão alguma com aquilo.

É o caso do mindfull eating, ou seja, estar presente e conectado ao momento da refeição. Fazendo um link com as duas afirmações, é fácil perceber que indivíduos que não estão conectados comem impulsivamente ou fazem escolhas alimentares e de hábitos por puro mecanismo de “automação”.

Ou seja, estão em modo automático sem sequer perceber o que estão fazendo, e se dão conta somente após a atividade. Pense na pessoa com o hábito de “beliscar” o dia todo, ou então o que troca refeições por algo mais rápido e simples, por puro hábito. Ou ainda naquele que, ao consumir a sua refeição, mexe no celular, escuta podcast ou vê televisão.

Quebrar esse looping de comportamento automático para que novas percepções sobre sua refeição e relacionamento com a comida sejam criados requer exatamente o mesmo exercício pré-existente que outrora foi criado: reforçar o hábito até que novas conexões sejam criadas e sua resposta ‘automática’ seja um padrão mais saudável sem esforço.

Agora, partindo desse primeiro conhecimento sobre como devemos nos atentar aos moldes do comportamento, chegamos no planejamento. Muitas pessoas, mesmo criando novos hábitos, desistem e se desmotivam em dietas longas, distantes e projetos de longo prazo.

Imagine que você conheça um método de emagrecimento para perder 30 kg na balança, ou então, um método de treino e dieta que fará com que você crie músculos ou desenhos no abdome —do jeito que você deseja.

Você, com certeza, já deve ter imaginado que é possível em curto prazo, como de um ano para o outro, ou em seis meses, e alguns pensam até em menos tempo.

Fisiologicamente isso é possível quando dividimos em semanas e meses, sendo assim: 2 kg a menos por mês resulta em 15 meses de sua vida para perder 30 kg.

Mas, só o fato de eu ter mencionado 15 meses já pode ser tempo demais para alguns. Isso é explicado pelo sentimento de que nós não somos “o nós” no futuro. Nosso cérebro não reconhece nosso “eu do futuro” como sendo o “eu de agora”. Por isso, as pessoas acham que não há motivos para tanta dedicação pensando em alguém que sequer conheço lá na frente.

A filosofia direciona de forma simples a evolução no comportamento humano: busca pelo prazer ou fuga da dor. Ambos são estados imediatos e, se forem “automáticos”, como sugere a atividade pré-existente, será sempre um ato sem consciência do “eu” (que provavelmente estarei olhando para o celular enquanto como) buscando pelo mais prazeroso agora ou, então, para aquilo que mais facilmente me tira de alguma “dor”.

Se isso se estende ao ser que não reconheço, e que mora há anos de distância, como fazer com que eu me sinta disposto a mudar tudo agora, para me sentir melhor e mais saudável no futuro?

Não faça planos longos

Uma estratégia simples e que ajuda nessa difícil questão comportamental do ser humano é a divisão do plano macro em planos menores. Aqui fica a insistência: não faça dietas ou planos longos vendo seu nutricionista a cada três meses.

O acompanhamento é tão efetivo que você pode comparar ao acompanhamento com um psicólogo ou com seu personal trainer. Se você os enxerga semanalmente, você vai manter sua motivação alta, vai se sentir disposto a fazer “o aqui e o agora” enquanto as mudanças do futuro são moldadas instantaneamente.

No nutricionista, planeje sua dieta ou seus projetos para um tempo mais curto, com metas simples de serem atingidas a cada 15 ou 30 dias. E mais: mude ou acrescente algo novo para mais alguns dias. Manter-se motivado e engajado com algo estimula o reforço do “feedback em loop”, e não deixa com que o “eu do futuro” atrapalhe seus planos.

Para evitar a frustração da desistência, crie métodos e rituais diários. São estratégias de comportamento que conseguem fixar atividades, mecanismos de ação e respostas rápidas sempre que algo repetido acontece.

É como a força do hábito, mas criado de forma que você faça a sua própria metodologia. Falar com seu nutricionista sobre como desenhar sua rotina, além da alimentação, pode ser uma estratégia muito mais eficiente do que apenas contar calorias e ler rótulos.

Se você já se viu desistindo de planos de dieta ou motivação para um projeto, saiba que não há absolutamente nada de errado com isso: você, eu e todo mundo fomos programados pelo nosso cérebro para não nos reconhecermos a longo prazo.

Isso determina que planos de longa distância que não tragam efeitos em pouco tempo —como satisfação, prazer, bem-estar momentâneo— não serão aceitos no nosso cérebro como algo positivo. É como se você estivesse entregando o controle da felicidade para um estranho, lá na frente, e isso não é nada prazeroso para o seu cérebro.

Duas grandes constatações que irão lhe ajudar a entender sobre:

  • Feedback em loop: mais conhecido como a atividade pré-existente cerebral, ela determina que quanto mais a gente pensa sobre algo, mais pensaremos sobre aquilo. E a resposta a estímulos que condizem com esse pensamento será automática, pré-determinada, mesmo que inconsciente.
  • Cientistas da universidade de New South Wales, na Austrália, iniciaram as pesquisas sobre o tema.

O estudo mostrou que nosso cérebro consegue fazer escolhas com base em atividades pré-existentes e que vão determinar possíveis decisões.

Na prática: é possível aplicar a explicação em como alguns indivíduos deslizam em suas pequenas metas diárias por falta de conexão com o que estão fazendo, como um ‘comportamento mecanizado’.

Outros estudos e teorias já conseguiram determinar os motivos pelos quais devemos estar conscientes no momento em fazemos certas tarefas ao invés de seguir sem conexão alguma com aquilo.

É o caso do mindfull eating, ou seja, estar presente e conectado ao momento da refeição. Fazendo um link com as duas afirmações, é fácil perceber que indivíduos que não estão conectados comem impulsivamente ou fazem escolhas alimentares e de hábitos por puro mecanismo de “automação”.

Ou seja, estão em modo automático sem sequer perceber o que estão fazendo, e se dão conta somente após a atividade. Pense na pessoa com o hábito de “beliscar” o dia todo, ou então o que troca refeições por algo mais rápido e simples, por puro hábito. Ou ainda naquele que, ao consumir a sua refeição, mexe no celular, escuta podcast ou vê televisão.

Quebrar esse looping de comportamento automático para que novas percepções sobre sua refeição e relacionamento com a comida sejam criados requer exatamente o mesmo exercício pré-existente que outrora foi criado: reforçar o hábito até que novas conexões sejam criadas e sua resposta ‘automática’ seja um padrão mais saudável sem esforço.

Agora, partindo desse primeiro conhecimento sobre como devemos nos atentar aos moldes do comportamento, chegamos no planejamento. Muitas pessoas, mesmo criando novos hábitos, desistem e se desmotivam em dietas longas, distantes e projetos de longo prazo.

Imagine que você conheça um método de emagrecimento para perder 30 kg na balança, ou então, um método de treino e dieta que fará com que você crie músculos ou desenhos no abdome —do jeito que você deseja.

Você, com certeza, já deve ter imaginado que é possível em curto prazo, como de um ano para o outro, ou em seis meses, e alguns pensam até em menos tempo.

Fisiologicamente isso é possível quando dividimos em semanas e meses, sendo assim: 2 kg a menos por mês resulta em 15 meses de sua vida para perder 30 kg.

Mas, só o fato de eu ter mencionado 15 meses já pode ser tempo demais para alguns. Isso é explicado pelo sentimento de que nós não somos “o nós” no futuro. Nosso cérebro não reconhece nosso “eu do futuro” como sendo o “eu de agora”. Por isso, as pessoas acham que não há motivos para tanta dedicação pensando em alguém que sequer conheço lá na frente.

A filosofia direciona de forma simples a evolução no comportamento humano: busca pelo prazer ou fuga da dor. Ambos são estados imediatos e, se forem “automáticos”, como sugere a atividade pré-existente, será sempre um ato sem consciência do “eu” (que provavelmente estarei olhando para o celular enquanto como) buscando pelo mais prazeroso agora ou, então, para aquilo que mais facilmente me tira de alguma “dor”.

Se isso se estende ao ser que não reconheço, e que mora há anos de distância, como fazer com que eu me sinta disposto a mudar tudo agora, para me sentir melhor e mais saudável no futuro?

Não faça planos longos

Uma estratégia simples e que ajuda nessa difícil questão comportamental do ser humano é a divisão do plano macro em planos menores. Aqui fica a insistência: não faça dietas ou planos longos vendo seu nutricionista a cada três meses.

O acompanhamento é tão efetivo que você pode comparar ao acompanhamento com um psicólogo ou com seu personal trainer. Se você os enxerga semanalmente, você vai manter sua motivação alta, vai se sentir disposto a fazer “o aqui e o agora” enquanto as mudanças do futuro são moldadas instantaneamente.

No nutricionista, planeje sua dieta ou seus projetos para um tempo mais curto, com metas simples de serem atingidas a cada 15 ou 30 dias. E mais: mude ou acrescente algo novo para mais alguns dias. Manter-se motivado e engajado com algo estimula o reforço do “feedback em loop”, e não deixa com que o “eu do futuro” atrapalhe seus planos.

Para evitar a frustração da desistência, crie métodos e rituais diários. São estratégias de comportamento que conseguem fixar atividades, mecanismos de ação e respostas rápidas sempre que algo repetido acontece.

É como a força do hábito, mas criado de forma que você faça a sua própria metodologia. Falar com seu nutricionista sobre como desenhar sua rotina, além da alimentação, pode ser uma estratégia muito mais eficiente do que apenas contar calorias e ler rótulos.

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