O grão-de-bico é uma leguminosa popular no Mediterrâneo, Oriente Médio e na culinária indiana, mas também conquista os brasileiros em diversas receitas. Ele pode ser encontrado no mercado de várias formas: pré-cozido a vácuo, desidratado e cru, como farinha e em conserva.
É um alimento bastante nutritivo. Em cerca de 100 g da leguminosa cozida há 116 calorias, carboidratos, fibras, vitaminas C, E, D, K, cálcio, fósforo, além de gorduras saudáveis. O grão-de-bico também tem boas quantidades de proteína e ferro e pode substituir o feijão.
Efeito sobre o colesterol ‘ruim’
De acordo com uma pesquisa publicada no periódico científico CMAJ, substâncias presentes no grão-de-bico reduzem os triglicérides e o colesterol “ruim”, o LDL, do organismo, que aumentam os riscos de doenças cardíacas.
Os estudiosos acreditam que esse benefício ocorra devido à presença dos ômegas 3 e 6 e também das fibras, que diminuem a absorção de gordura e do LDL.
Além disso, a prevenção de doenças cardíacas ocorre também devido à presença de magnésio e potássio nesse alimento. Esses minerais ajudam a controlar a pressão arterial, que quando está alta é um fator de risco para os problemas no coração.
Mantém o intestino saudável
Incluir o grão-de-bico na dieta ajuda a reduzir o risco de alguns tipos de câncer, principalmente o de colón, pois a leguminosa promove a produção de um ácido graxo que reduz inflamações no intestino. Além disso, as quantidades de vitamina C e E, ácido fólico e antioxidantes presentes no alimento também têm papel na prevenção do câncer.
Ainda é fonte de saponinas, substância que inibe o crescimento de células cancerosas, e a vitamina B, também presente no alimento, diminui o risco de cânceres de mama e pulmão.
O grão-de-bico também melhora a flora intestinal, principalmente devido ao seu alto teor de fibras solúveis, que atuam como prebióticos, alimentando as boas bactérias no intestino. Isso ajuda a manter um equilíbrio saudável na microbiota intestinal, promovendo uma digestão melhor e prevenindo problemas como constipação.
Também contém amido resistente, que não é digerido pelo corpo, mas serve de alimento para as bactérias benéficas no intestino. Isso contribui ainda mais para a saúde intestinal.
Cuidados e como consumir
As leguminosas como grão-de-bico contêm oligossacarídeos, ou açúcares complexos, que o organismo não consegue digerir. Como resultado, surgem gases e desconfortos em algumas pessoas. Por isso, recomenda-se deixar o alimento de molho para acelerar o processo de cozimento e reduzir a flatulência.
Por ter bastante potássio, exagerar no grão-de-bico não é indicado para pessoas com problemas renais. Isso ocorre porque os rins deixam de filtrar o excesso de potássio no sangue, acarretando complicações para esse grupo de pessoas.
Bastante versátil, esse alimento pode ser ingrediente de diversos pratos. Você pode incluí-lo em uma sopa ou salada ou até mesmo saboreá-lo em lanches. Uma forma bastante popular da culinária árabe é o homus (pasta de grão-de-bico). O alimento é cozido e batido no liquidificador com tahine (pasta de gergelim) e água até atingir a consistência desejada. Para dar mais sabor, inclua outros complementos como alho, limão ou azeite.
O grão-de-bico pode ser consumido todos os dias e a recomendação é a porção de uma colher grande de arroz por dia ou uma concha média, quando ele for substituir o feijão nas refeições principais.
*Com informações de reportagem publicada em 20/02/2019
Fonte: uol