Quem se dedica à prática de exercícios físicos está familiarizado com o whey protein, um suplemento composto por proteínas encontradas no soro do leite e que apresenta todos os aminoácidos necessários para potencializar o crescimento, a força e a recuperação muscular.
Quando não é possível atingir o consumo recomendado de proteínas e há maior demanda desse nutriente, como nos casos de praticantes de atividades físicas, a suplementação pode ser útil. Mas será que existe risco de superdosagem?
Dosagem recomendada
Entre os praticantes de exercícios físicos moderados a intensos, a indicação é consumir de 1,8 g a 2,2 g de proteínas por peso corporal —a dose exata vai depender das necessidades de cada pessoa. Em média, uma pessoa com 70 kg deve consumir em torno de 140 g de proteínas por dia.
Mas toda essa proteína não deve vir só do whey. Pelo contrário. Boa parte dela deve vir de fontes naturais, como carnes, leite e seus derivados, ovos, oleaginosas, tofu, entre outros. Assim como existe um consumo diário recomendado de proteína, há também para o whey.
A maioria dos produtos em pó é acompanhada por um copinho (o scoop), com capacidade de 20 g a 30 g de proteína. Assim, é preciso adequar essas medidas ao padrão alimentar e aos objetivos de cada indivíduo, respeitando o limite de 40 g/dia. Mas outros fatores podem influenciar essa conta:
Quadro geral de saúde;
Deficiências vitamínicas;
Sexo;
Idade;
Tipo de atividade física ou volume de exercícios;
Necessidade de calorias diárias;
Consumo de outros produtos com whey adicionado;
Uso de medicamentos;
Objetivos buscados.
Somente a partir da análise do conjunto dessas informações é que será possível estabelecer a “dose” e o tempo necessário de seu uso para alcançar os resultados desejados, prevenindo excessos.
Efeitos da superdosagem
Como o consumo de whey tem medida certa para cada pessoa, exagerar na dose pode resultar em efeitos colaterais. Os já listados pela literatura especializada são os seguintes:
Aumento do movimento intestinal;
Alterações da microbiota intestinal;
Acne;
Náuseas;
Sensação de boca seca;
Gases;
Redução do apetite;
Cansaço;
Dor de cabeça.
Cuidado com interações
Na hora de decidir pela suplementação, é preciso informar ao profissional da saúde o uso contínuo ou momentâneo de determinados medicamentos, que podem ter seus efeitos potencializados ou reduzidos pelo whey. Mais um motivo para evitar o consumo por conta própria. Veja alguns exemplos:
Levodopa (medicamento indicado para Parkinson);
Antibióticos (quinolonas e tetraciclinas);
Bisfosfanatos (alendronato);
Anti-helmíntico (albendazol).
*Com informações de reportagem publicada em 12/09/2023
Fonte: uol