A gelatina faz parte do cardápio de muitas pessoas que vivem de dieta, já que tem poucas calorias. E o alimento, que é feito a partir de proteínas extraídas dos tendões, pele e ossos de animais, ainda leva a fama de oferecer outros benefícios ao organismo, como fortalecer a pele, os cabelos e as unhas, graças ao colágeno presente na sua fórmula. Mas será que essas informações são verdadeiras?
As opções encontradas nos supermercados têm uma quantidade muito pequena de colágeno e, por isso, não proporcionam esse ganho ao organismo. Além disso, muitos especialistas torcem o nariz para esse tipo de produto pelo fato de ele ter muito açúcar, corantes e aromatizantes, além de outros ingredientes artificiais, que podem desencadear alergias e irritações no estômago.
Isso sem falar que ele tem pouco valor nutritivo, pois não conta com nenhum ingrediente que possa ser considerado alimento de verdade, o que faz com que ganhe o título de produto alimentício, em vez de alimento.
Mas não é preciso retirar a gelatina do cardápio totalmente. Ingerida em pequenas quantidades, ela não oferece riscos e há formas mais saudáveis de consumi-la. A seguir, veja como e dicas na hora de comprar.
Invista na versão feita em casa
Em vez de apostar nas gelatinas saborizadas, que contêm muito mais aditivos químicos, prefira fazer uma em casa misturando sucos, frutas em pedaços ou iogurtes com gelatina incolor.
O produto sem cor é mais saudável, pois não contêm açúcares, edulcorantes ou corantes artificiais. Além disso, esse tipo tem uma quantidade um pouco maior de proteínas.
Ágar-agar também é uma boa aposta
Encontrada em alguns supermercados e lojas de produtos naturais, ela é produzida com uma substância extraída de algas marinhas. Além de não ter as substâncias artificiais encontradas nas versões convencionais, tem bastante proteína e fibras, que ajudam a aumentar a saciedade, e sais minerais, como fósforo, ferro, potássio, cloro e iodo.
Cuidado com as opções diet
Elas não têm açúcar, mas são ricas em adoçantes, também chamados de edulcorantes, que podem desencadear um processo inflamatório no organismo e aumentam o risco do aparecimento de resistência à insulina. Essa resistência é a etapa inicial do diabetes e está associada a uma série de problemas como o aumento da gordura na região abdominal, compulsão alimentar e doenças cardiovasculares.
Esse tipo de gelatina é indicado apenas para quem tem restrição à ingestão do açúcar, como os diabéticos.
De olho no rótulo
Confira a lista de ingredientes. Prefira as opções enriquecidas com vitaminas e com aromatizantes, corantes e edulcorantes naturais.
Cuidado com as pegadinhas. Alguns produtos têm o termo “zero açúcar e stevia plus” no rótulo. O termo “plus” indica que há algo a mais, ou seja, nesse caso stevia combinado com outros adoçantes artificiais, como a sacarina e o ciclamato.
Fontes: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e Débora Palos, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca, em São Paulo, especializada terapia nutricional e nutrição clínica pelo Ganep Nutrição Humana, também na capital paulista.
*Com informações de reportagem publicada em 22/04/2019
Fonte: uol