A gordura abdominal é um grande desafio para quem quer emagrecer. Embora não seja possível escolher onde perder gordura, uma alimentação balanceada pode ajudar a eliminar a da região da barriga.
O principal foco para emagrecer é o déficit calórico, ou seja, consumir menos calorias do que o corpo gasta, além de manter hábitos saudáveis. O VivaBem já inclusive fez um ranking das vantagens e desvantagens de dietas que ajudam nesse processo. Entre as mais recomendadas por especialistas estão a cetogênica, do metabolismo rápido, Dukan, jejum intermitente, low carb e mediterrânea.
No entanto, vale ressaltar que o processo de perda de peso é individual de cada pessoa. Por isso, conhecer o próprio corpo é essencial para escolher a melhor dieta, que deverá ser acompanhada por um profissional.
Dieta cetogênica
A dieta se baseia no consumo de alimentos ricos em proteínas e gorduras boas, com baixo teor de carboidratos, variando conforme o tempo e o objetivo. A recomendação é incluir sementes, proteínas (ovo, carne, peixe, frango), oleaginosas e frutas como abacate e coco. Deve-se evitar pães, arroz, macarrão e batatas.
Vantagens: A falta de carboidratos faz o corpo utilizar a gordura armazenada como fonte de energia, promovendo uma rápida perda de peso. Além disso, pode ser eficaz no tratamento de doenças neurológicas, como epilepsia.
Desvantagens: A dieta é bastante restritiva e exige adaptação do corpo, que normalmente usa carboidratos como fonte de energia. Isso pode causar sintomas como cansaço, letargia e dor de cabeça nos primeiros dias.
Dieta do metabolismo rápido
Desenvolvida por uma nutricionista dos EUA, a dieta consiste em cinco refeições diárias, com a primeira realizada até 30 minutos após acordar. A ingestão de água é incentivada, e a dieta segue uma lista restrita de alimentos, mas com quantidades mais flexíveis. O cardápio é dividido em três fases de dois ou três dias cada, repetidas por quatro semanas. Cada fase foca em um grupo de nutrientes predominantes e inclui uma recomendação de atividade física para acelerar o metabolismo.
Vantagens: Com um cardápio balanceado e um “prazo de validade”, a dieta promete uma perda de até um quilo por semana.
Desvantagens: A dieta é bastante restritiva, cheia de regras. Além disso, a rápida perda de peso pode fazer o corpo desacelerar o metabolismo, o que pode dificultar a digestão e o controle de peso após o fim da dieta.
Dieta Dukan
Desenvolvida por um médico francês para tratar a obesidade, essa dieta é rica em proteínas e com baixo consumo de carboidratos, sendo dividida em fases com regras e objetivos específicos.
Vantagens: Promete emagrecimento rápido, com perda de até 5 kg na primeira fase, chamada “ataque”, que dura sete dias e permite apenas proteínas.
Desvantagens: A dieta é muito restritiva, o que leva muitas pessoas a abandoná-la antes de chegar à fase final. O excesso de proteínas pode causar problemas como constipação, deficiência de nutrientes e danos ao fígado e aos rins.
Jejum intermitente
Essa estratégia nutricional não é uma dieta, mas envolve alternar períodos de jejum mais longos com janelas para alimentação. Não há regras rígidas para as refeições, mas é recomendado reduzir carboidratos refinados, fast-food e alimentos ultraprocessados.
Vantagens: Quando combinada com uma alimentação saudável, estimula a perda de peso, promove a autofagia celular (renovação das células), melhora a imunidade, ajusta o metabolismo, melhora os índices glicêmicos e reduz inflamações.
Desvantagens: Requer refeições durante as janelas de jejum com proteínas de alto valor biológico, carboidratos de baixo índice glicêmico e gorduras boas. Quebrar o jejum com alimentos gordurosos compromete a eficácia.
Dieta low carb
Essa dieta permite o consumo de todos os tipos de carboidratos, mas de forma reduzida, com algumas variações nas recomendações: alguns sugerem não ultrapassar 150 g por dia, enquanto outros indicam que os carboidratos devem representar 40% ou menos das calorias diárias. O foco é excluir carboidratos refinados (como pão, macarrão e açúcar) e priorizar alimentos naturais, com vegetais não amiláceos como base (beterraba, brócolis, cenoura, tomate).
Vantagens: A dieta ajuda na saciedade, estimulando o consumo de proteínas e alimentos integrais, que permanecem mais tempo no estômago, reduzindo a fome e a ingestão calórica, favorecendo a perda de gordura corporal.
Desvantagens: Embora limite a quantidade de carboidratos, a dieta não especifica a qualidade das fontes alimentares, permitindo que se consuma carboidratos de baixo valor nutricional e produtos processados ricos em proteínas, como carnes processadas, que são prejudiciais à saúde quando consumidos em excesso. Além disso, muitas pessoas têm dificuldade em manter a restrição de carboidratos por longo tempo e acabam abandonando a dieta.
Dieta mediterrânea
A dieta mediterrânea é baseada em alimentos frescos e naturais típicos dos países ao redor do Mar Mediterrâneo, como azeite, cereais integrais, frutas e legumes sazonais. Também inclui consumo moderado de vinho tinto, carnes magras, especialmente peixe, e restringe alimentos ultraprocessados.
Vantagens: Associada à redução do risco de doenças cardíacas, ela ajuda a diminuir o colesterol “ruim” (LDL). Além disso, permite uma alimentação variada e longe de industrializados, o que reduz a produção de toxinas, a retenção de líquidos e as inflamações, facilitando o emagrecimento.
Desvantagens: Embora não seja uma desvantagem propriamente dita, adotar a dieta mediterrânea requer uma mudança significativa no estilo de vida.
*Com informações de reportagem publicada em 26/04/2024
Fonte: uol