Uma das séries mais aguardadas de 2023, The Last of Us é uma adaptação dos jogos pela HBO que se passa em um contexto pós-apocalíptico por causa de fungos parasitas Cordyceps que resultaram em infectados semelhantes aos zumbis clássicos de produções de terror, como The Walking Dead e Resident Evil, mas existe uma inspiração na vida real.
O jogo The Last of Us (2013) não conta onde ou como o surto começou, mas Neil Druckmann e Craig Mazin tiveram a oportunidade de explorar essas origens na adaptação.
Em entrevista ao Collider, Mazin comentou sobre a ciência por trás do Cordyceps, gênero de fungos que realmente existe. “Queríamos basear essa série no máximo de ciência possível. O jogo funcionou muito bem, especialmente para um gênero em que seria fácil dizer: ‘Ah, existem zumbis, mas os zumbis saem do chão’. Cordyceps é um conceito fascinante e é absolutamente real. Queríamos levar isso um pouco mais longe. Queríamos nos dar o máximo de realidade possível, porque quanto mais real, mais nos conectamos com os personagens que estão naquele espaço brincando”, disse o co-criador da série.
Neste universo, temos um fungo chamado Cordyceps, organismo que vive no corpo humano e se reproduz. Enquanto o vírus zumbi é capaz de reanimar os mortos, o Cordyceps é incubado como um parasita e através de estágios de infecção tira a independência do hospedeiro e o transforma em um agente violento. Os estágios são: Corredores, Perseguidores, Estaladores e Baiacus. Porém, na vida real esse tipo de fungo não atinge humanos e normalmente são usados na medicina ou até na alimentação.
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Neil Druckmann deu mais detalhes sobre esses elementos em The Last of Us. “Queríamos evitar fazer uma série de zumbis. Temos os Estaladores, que ajudam a nos separar… Mas também, eles são seres tão interessantes e estranhos, e eles usam a ecolocalização para se orientar. Mas com os infectados mais recentemente, conversamos muito sobre como esse vetor poderia ser porque há certas coisas do jogo que tiramos. O jogo tinha esporos no ar e as pessoas tinham que usar máscaras de gás, e decidimos, desde o início, que não queríamos fazer isso para a produção. Eventualmente, essas conversas nos levaram a esses tentáculos. E então, só de pensar em como há uma passagem que acontece de um infectado para outro, e como o fungo faz, pode se tornar uma rede que está interligada”.
Pandemia de COVID-19 influenciou elementos de The Last of Us da HBO
Craig Mazin ressaltou que a pandemia de COVID-19 afetou a maneira como eles iam contar a história. “Foi importante para nós reconhecer que o público está mais esperto sobre as pandemias do que há cinco anos. Não queremos fingir que eles não sabem das coisas”.
“Muito do motivo pelo qual a série começa do jeito que começa, com aquela cena nos anos 60, é para dizer: ‘Olha, o contexto é que existem pandemias virais e elas são bastante perigosas, mas há algo lá fora que é pior. E pode parecer engraçado para você, mas deixe-me explicar o porquê’. E então, você começa a perceber: ‘Oh, isso não é bom’. E também, tem estado lá o tempo todo. Então, quando o surto acontece, não está acontecendo de repente ou por capricho. Finalmente está acontecendo. Sempre ia acontecer. Acontece que estamos lá hoje para ver”, explica sobre a infecção presente em The Last of Us.
The Last of Us é exibida aos domingos na HBO e HBO Max.
Fonte: adorocinema