Spirited: “É o melhor dos dois mundos”, diz Ryan Reynolds sobre atuar com Will Ferrell em comédia natalina (Entrevista)

Se três fantasmas – do Passado, Presente e Futuro – fossem te visitar durante a noite, às vésperas do Natal, de qual deles você teria mais medo? Essa é a premissa de Spirited – Um Conto Natalino, comédia que chega ao Apple TV+ nesta sexta-feira (18). Estrelada por Ryan Reynolds, Will Ferrell, Octavia Spencer e Sunita Mani, trata-se de uma releitura musical de “A Christmas Carol”, clássico escrito por Charles Dickens e que talvez seja mais conhecido pela versão animada Os Fantasmas de Scrooge (2009), com dublagem de Jim Carrey.

Agora, a história é narrada pela perspectiva dos três espíritos: Presente (Will), Passado (Sunita) e Futuro (na voz de Loren Woods). O escolhido não é mais um velho avarento, e sim o social media Clint Briggs (Ryan), que manipula e forja situações para favorecer suas causas e clientes. No entanto, quando recebe a visita do Presente, acaba trocando os papéis e fazendo com que o fantasma questione e reexamine sua própria trajetória.

“O Presente seria o mais difícil. Porque ele diria: ‘Sério? Isso é o que você faz o dia todo?’ Então seria um balde de água fria para mim”, confessou Ryan durante uma coletiva de imprensa internacional da qual o AdoroCinema participou.

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“O Futuro é super assustador. O dedo ossudo e o capuz”, admitiu Will, referindo-se à aparência cadavérica, quase de um Dementador, no filme. E Octavia concordou: “O Futuro também.”

Já Sunita escolheu a opção restante: “Eu teria medo do Passado, porque sinto que bloqueei muito do meu próprio passado e seria um apanhado de informações muito interessante – e aterrorizante.”

Confira a seguir o que mais o elenco disse no encontro:

O que você mais amou da história original? Quer dizer, “A Christmas Carol”?

Octavia: “Que todos nós temos uma chance de redenção. Isso é o que eu mais gosto no original. E isso desempenha um papel importante no nosso projeto, no tema do nosso filme.”

Ryan: “Eu gosto da ideia de que, se um número suficiente de pessoas disser que você é um idiota, você vai acabar escutando. É praticamente o tema de “A Christmas Carol”. É aquele momento de auto-realização, aquele momento de clareza, quando alguém percebe que não precisa ser aquilo que criou.”

Will: “Eu adoro o puro terror e medo que o original colocou no nosso coração com a visita dos fantasmas. E se você se colocasse nesse contexto, se três fantasmas fossem visitá-lo no decorrer de uma noite, seria muito estranho. Aterrorizante.”

Sunita: “Eu ia dizer a mesma coisa. Os fantasmas são reais. Chegou o momento de dizer isso.”

O que os fez optar pelo musical e o que mais fascina vocês no gênero?

Ryan: “Eu amo a história original. À medida que envelheço, quero trabalhar cada vez mais com pessoas que admiro e amigos que amo. Foi isso que me impulsionou. Eu amo esses caras com quem tive a sorte de trabalhar. E os admiro há muito tempo. Octavia e eu trabalhamos juntos antes, mas esta é minha primeira vez trabalhando com Will e Sunita. Então, foi realmente emocionante.”

Will: “Além dos motivos citados por Ryan, foi muito assustador assumir isso. Tínhamos números musicais extensos, que levavam entre três e cinco dias para serem filmados. E o desafio de realmente cantar e dançar de uma maneira mais legítima do que nunca, isso me deu vontade de mergulhar e tentar.”

Octavia: “Do meu ponto de vista, sabendo que trabalharia não apenas com dois atores incríveis, mas com dois dos maiores comediantes do mundo, e que eu estaria na sala e faria parte de isso, que os veria cantar e dançar também… Foi divertido e foi um desafio para todos nós.”

Sunita: “Foi uma oportunidade incrível de absorver o talento, a firmeza, o humor e o apoio. Eles foram tão amigáveis ​​e solidários que eu fiquei desconfiada. Quando saía e ia para casa, pensava: ‘Quando Will Ferrell vai dar um chilique?’ Isso é bom demais para ser verdade. Uma experiência incrível. E honestamente, você vai adorar a história sendo contada de uma maneira divertida. É um conto antigo que se tornou novo.”

Qual foi a maior surpresa para vocês, Ryan e Will, em termos de trabalhar juntos e da química cômica? E também a maior surpresa um do outro como seres humanos.

Ryan: “Eu quis trabalhar com Will durante toda a minha carreira. É difícil achar um ator que tenha contribuído mais para o léxico cômico do que ele. As pessoas estão fazendo Will Ferrell sem perceber que estão fazendo uma imitação de Will Ferrell. É realmente enraizado.

“Meu maior desafio foi, portanto, não fazer uma imitação de Will Ferrell para Will Ferrell. Porque roubei dele toda a minha vida. Tive a sorte de trabalhar com muitos ícones da comédia. E uma coisa que acontece muito é que alguns deles estão performando o tempo todo.

“Will não é um daqueles que fica ligado na tomada o tempo todo. No momento em que você o conhece, você percebe: ‘Vamos ter conversas maravilhosas, perspicazes e lindas, além de fazer algumas brincadeiras e zoeiras.’ É o melhor dos dois mundos.”

Will: “Sem dizer nada, Ryan e eu entramos na mesma sintonia desde o ensaio, com a mesma empolgação, o mesmo medo e apreensão. Não foi uma surpresa para mim, mas o mais legal foi que estávamos imediatamente na mesma trincheira – todos nós estávamos. Nós dois estávamos dispostos a trabalhar o máximo ou o tempo que fosse necessário para fazer acontecer.”

Spirited – Um Conto Natalino está disponível no catálogo do Apple TV+. A direção é de Sean Anders, responsável pelas comédias Quero Matar Meu Chefe 2 (2014), Pai em Dose Dupla (2015) e também da sequência lançada em 2017.